Ilustrador Igum D’jorge destaca seus principais trabalhos; conheça

Por Paula Monteiro

Apaixonado por desenho, o ilustrador Igum D’jorge, 27 anos, trabalha com ilustração e quadrinhos, desde criança. Ele realiza ilustração de livros de poesia e aquarelas, atua como colorista digital e desenvolve parcerias com grandes profissionais de vários segmentos de todo o país.

Atualmente, Igum está criando a arte do álbum de hip-hop “Aku Aku” para o rapper paulistano Eloy Polemico. Ele também dedica-se à ilustração de um livro escrito pela Dona Esmeraldina, moradora do Curiau, sobre contos que tratam da cultura local como o Marabaixo. “Estou focando minha carreira em editorial e ilustração de livros”, disse.

Ele ministra, ainda, mentoria online de ilustração para alunos de todo o país. “Tenho estudado para desenvolver mais meu portfólio e entrar em um mercado em que eu possa fazer mais cartas – cardgames”, adianta.

O Ilustrador macapaense conta que desenha desde criança com o incentivo da família. “Meus pais compravam material e eu gastava horas e resmas de papel rabiscando, até que essa atividade virou um hábito. Quando ingressei na quinta série escolar optei por fazer um curso de desenho nas férias e passei uns anos me aperfeiçoando com profissionais”, conta.

Igum lembra que passava cerca de doze horas por dia desenhando e copiando várias situações, mas chegou a “parar” de desenhar em algumas fases da sua vida. Os anos que antecederam o vestibular, foi o período que ele mais produziu e onde teve a ideia de criar quadrinhos pela primeira vez.

“Uma das dificuldades que enfrentei foi a falta de acesso à internet, então me inspirava em ilustrações que vinham de fora do estado, e assim participei de vários fóruns de desenhos, ocasião em que aprendi muitas técnicas e fui me desenvolvendo aos poucos. Nessa época, copiava vários órgãos do corpo humano, temas sobre anatomia, crânios, e tudo que encontrava nos livros de ciências”, lembra.

Igum é estudante de Arquitetura e Urbanismo na Universidade Federal do Amapá (Unifap). Também chegou a produzir quadrinhos didáticos em sua licenciatura em Ciências Biológicas (2010).

Em 2013, quando iniciou arquitetura, resolveu criar um perfil nas redes sociais para mostrar e comercializar seus desenhos. “Por semana, eu criava cerca de três obras então começou a aparecer as primeiras propostas de trabalho e inicialmente comecei a fazer capas e quadrinhos de zumbi”, disse.

Continua: “Entrei em contato com os paulistas Pedro Hutsch e Rodrigo Ortiz e iniciamos um projeto, no qual eu ilustrei alguns capítulos de um livro com cartas de tarô. Como eram 24 cartas e 12 capítulos, cada um foi escrito por um profissional. Ao final desse trabalho, me dediquei a desenhar o baralho completo de tarô, mais 54 cartas, totalizando 79 unidades”.

Igum conta que conheceu o Pedro por meio do livro “Pelo Dito Pelo Não Dito” – o qual ajudou a ilustrar. “Pedro coordenava um projeto voltado para 50 ilustradores de tiras de todo o país”, disse.

“Ainda trabalhei num livro que conta uma história de um personagem que eu criei dentro do tarô. Durante o processo de desenhar as cartinhas, criei o personagem que simboliza o “louco”. Há momentos em que ele atua como protagonista e outros como figurante, então ele está em quase todo o livro”, conta.

Na cartomancia acredita-se que o “louco” é um viajante que transita pelas cartas enquanto se desenvolve pessoalmente. Essa figura será o personagem principal do novo livro de literatura que está sendo desenvolvido pelo Pedro, Rodrigo e Igum. A jornada envolve reflexão dentro de um universo medieval mágico, fantasioso e um pouco surrealista. Depois desse lançamento, eles irão produzir um quadrinho sobre a obra.

Igum trabalhou também na editora Script ilustrando e fazendo o roteiro de uma coletânea com histórias de terror do folclore brasileiro, abordando figuras como a rasga mortalha, caipora e lobisomem.

O ilustrador também participou da produção do curta-metragem animado produzido no estado “Solitude”, e ressalta que não tem um termo pra definir seu estilo. “Meu trabalho mistura o tradicional e o digital”, finaliza.

Fonte: Portal Égua, mano!

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