Jesus era boleiro

Crônica de Ronaldo Rodrigues
 
Mais uma descoberta de textos apócrifos da Bíblia revela lances nunca antes imaginados da vida de Jesus. Sabe-se agora que o Homem de Nazaré foi um grande futebolista.
 
Ele tinha 12 anos apenas quando deixou os sábios do templo de queixo caído com tanta sabedoria sobre futebol. Foi essa a última vez que Jesus foi visto. Até então nunca se soube o que tinha feito até os 30 anos, quando retornou como o Rei dos Reis da Cocada Preta, o Cara, o Bam-bam-bam, o Messias e tal.
 
Os textos revelam que Jesus passou parte desse tempo treinando com os essênios, donos da melhor escola de futebol da época, que vislumbraram no menino um enorme talento para jogadas milagrosas e dribles fora do comum. Grandes estrategistas da pelota, os essênios usavam técnicas revolucionárias, como ioga e meditação.
 
Depois de passar por pequenos times hebreus, Jesus conseguiu uma vaga no Estrela de Davi Futebol Clube, time da elite judaica. O desempenho do jovem atleta logo chamou a atenção do todo-poderoso treinador Zagalo, da Zagalileia (ainda novo, com 147 anos), e se firmou como astro da equipe.
 
Jesus levava uma vida de atleta exemplar. Não fumava, não fazia sexo antes dos jogos (nem depois) e a quem lhe oferecia bebida ele dizia:
 
– Afasta de mim esse cálice!
 
Jesus estava em plena forma quando foi escalado para jogar contra a Seleção Imperial Romana, cujo cartola-mor, Euricus Mirandas, queria a cabeça de JC, como já tinha feito com João Batista, irmão de Júlio Batista e Léo Batista.
 
O jogo era de vida ou morte e Jesus era considerado o salvador da pátria. Depois de dar seu sangue e suor e não conseguir marcar um gol sequer, a arquibancada em peso passou a torcer contra Jesus, responsabilizando-o por todos os pecados da humanidade. Torcida de futebol é muito exagerada e quando o time está perdendo quer pegar qualquer um pra Cristo.
 
No final da partida, depois da surra que levou, Jesus ganhou como troféu uma coroa e foi levado ao Calvário. O final da história todo mundo já sabe.

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