Jovem do Amapá faz relato no Twitter para alertar famílias sobre o Alzheimer

Por Leandra Vianna

A jovem Paula Sibbele Santos, de 28 anos, habitante da cidade de Macapá, no Amapá, fez um emocionante relato na rede social Twitter no intuito de mostrar para outras famílias a importância de reconhecer os sintomas do Alzheimer (doença progressiva que destrói a memória e outras funções mentais importantes como a coordenação motora) precocemente.

“Eu nunca imaginei, há sete anos, que minha mãe/avó estivesse com algo tão grave, não me atentei. Infelizmente, fui aprender com o passar dos anos e a evolução da doença. Hoje, eu interajo com pessoas que leem no Twitter. Pessoas que me mandam mensagens dizendo que sabem o que estamos passando. Essas experiências têm me dado forças para continuar na luta com minha avó”, relata a filha adotiva.

Paula precisa conseguir ajuda para melhorar a qualidade de vida da sua mãe adotiva e avó, Joana Líbia Santos, de 67 anos, que teve um desenvolvimento precoce do Alzheimer e hoje vive acamada.

“A doença começou a desenvolver os sintomas há mais ou menos seis anos. Ela trabalhava como servente em uma escola pública, assim que se aposentou, começamos a notar os sintomas”, afirma a neta/filha.

Diagnóstico difícil

“Nós, desde o início, lutamos para o diagnóstico dela. Mas nenhum médico fechava o quadro. Fomos em cinco neurologistas”, conta Paula.

Fique atento aos sintomas do Alzheimer

Perda da memória recente, declínio mental, dificuldade em pensar e compreender, confusão durante a noite, confusão mental, delírios, desorientação, esquecimentos, invenção de coisas, dificuldade de concentração, incapacidade de fazer cálculos simples e incapacidade de reconhecer coisas comuns são alguns dos sintomas da doença.

Convivendo com o Alzheimer

“Hoje, eu me emociono em dizer que eu estou vendo minha mãe definhar aos nossos olhos. Ela já não conversa mais, só verbaliza poucas palavras. Por exemplo, ela chama a mim e minha tia de ‘mamãe’ porque nós cuidamos dela”, relata a jovem.

Nos últimos três anos, o desenvolvimento da doença acelerou muito e dona Joana foi perdendo os movimentos, o raciocínio e a fala. O quadro tem se agravado e são raras as reações da idosa.

“Às vezes, quando eu chego em casa ela tem lapsos de memória. Quando me vê, fala: Oi minha filha. Mas é muito raro mesmo acontecer. Do meu avô ela ainda lembra, marido dela né? Ela lembra um pouco, às vezes ele fala e ela responde: Oi amor. É bem engraçado”, descreve Paula.

O avô/pai de Paula Sibbele, Raimundo Paulo dos Santos, de 70 anos, é diabético e sofre de pé diabético — uma complicação do diabetes que ocorre quando uma área machucada ou infeccionada nos pés desenvolve uma ferida. Ele teve que fazer uma raspagem em parte do pé no final de 2020 e também inspira cuidados.

Ajuda para tratamento paliativo

“O nosso dia a dia com ela é o seguinte: acordar, fazer o mingau, dar banho e fazer curativo nas escaras. O máximo que conseguimos é sentá-la na cadeira”, lamenta Paula.

A jovem, que é professora de inglês e tem um filho de três anos, ficou sem trabalhar por causa da pandemia. Hoje, dá aulas online e precisa de ajuda financeira para dar mais conforto a dona Joana.

“Eu queria muito ter condições de pagar uma cuidadora, porque está muito pesado só para mim e para minha tia o cuidado. Só a gente se reveza sabe? Quando uma de nós precisa sair, ir ao médico ou algo assim, temos que revezar. Além disso, eu tenho um filho pequeno e os gastos com a minha mãe/avó são altos demais”, conta.

Paula Sibbele faz um alerta importantíssimo! “Eu gostaria de alertar as pessoas a cuidarem dos seus idosos, a levá-los ao médico assim que perceberem algo de errado. Infelizmente, com minha mãe/avó a doença veio muito cedo e de forma arrebatadora”, finaliza.

A família precisa de auxílio para a compra de fraldas geriátricas, produtos de higiene pessoal e medicamentos.

Acompanhe a história pelo Twitter: @paulasibbele.

Para contratar aulas de inglês online para jovens e adultos com Paula Sibbele, entre em contato pelo WhatsApp: (96) 8142-0980

Caso possa contribuir com ajuda financeira, faça o seu depósito pelos meios abaixo:

Pix: 01243808241
PicPay: @paulasibbele

*Com a história relatada na rede social Twitter, Paula busca também o apoio de artistas e pessoas influentes que contribuam no compartilhamento. Nesta terça-feira (23), a atriz Tata Werneck foi uma das pessoas que dividiu com seus seguidores a batalha vivenciada pela moradora sexagenária de um dos bairros mais tradicionais de Macapá, o Laguinho.

**Texto da jornalista Leandra Vianna – Publicado no site www.outrosquinhentos.com
***Apoio pelo Twitter (Informação do jornalista Daniel Alves).

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