BACANA => Jovem do AP apresentará nos EUA pesquisa sobre turismo no Curiaú

cultura111

Por Jéssica Alves

A estudante amapaense Bárbara Amoras, de 15 anos, será uma das representantes brasileiras em uma feira científica na cidade de Nova York, nos Estados Unidos, em junho de 2016. Ela vai apresentar uma pesquisa de campo que fala sobre turismo ecológico na comunidade quilombola do Curiaú, em Macapá.

A adolescente irá concorrer com outros 200 projetos do Brasil e de outros países como México, Turquia, Peru e Chile na feira “Genius Olympiad”, da Universidade Estadual de Nova York.

Segundo Bárbara, o trabalho “O Etnoturismo no Quilombo do Curiaú, uma Estratégia de Desenvolvimento Socioeconômico Sustentável”, foi uma pesquisa de campo feita como uma alternativa de desenvolvimento econômico para as comunidades tradicionais quilombolas.

O projeto ainda está em fase de construção e o objetivo principal é estudar para que a comunidade oriunda de quilombo seja autossustentável por meio do turismo, cultura e da natureza. O Curiaú tem proximidade na capital e por isso, há um grandbamorase potencial turístico“, ressaltou.

A jovem cursa o 2º ano do ensino médio da escola estadual Esther Virgolino e conseguiu conquistar a vaga para a “Genius Olympiad” após se inscrever na Feira de Ciência e Tecnologia da Escola Açaí em Abaetetuba, no Pará, e ser selecionada. Ela recebe orientações das professoras Iris Maciel Bezerra, da Escola Estadual Ruth Bezerra e da professora de história e iniciação científica, Mikaela Moreno, da escola Esther Virgolino.

Dedicada, Bárbara participou e foi premiada em diversos eventos e feiras de ciências. Entre eles, a 1º Feira Amapaense de Matemática, Feira Nacional de Matemática, na Bahia, 4ª Conferência Nacional de Meio Ambiente do Amapá, além da habilitação para a Feira Brasileira de Ciência e Engenharia, que ocorre em São Paulo em março de 2016. A jovem também foi selecionada para integrar o programa Brasilitas, projeto de mentoria da Universidade Harvard, nos Estados Unidos.

Para desenvolver o trabalho, ela teve que se desdobrar na rotina de estudos pela manhã, e com as pesquisas feitas na comunidade no período da tarde. Moradora da Zona Norte, Bárbara conta que uma das maiores dificuldades para a realização do projeto foi a questão de transporte.

Tive que ir de ôbamoras2nibus todas as vezes que fui fazer a pesquisa, e isso se torna cansativo, devido à distância. Mas o avanço no projeto e a vontade de concluir as etapas me focaram em continuar. E agora estou colhendo bons frutos“, comemorou.

Mesmo animada, a estudante diz que a principal dificuldade que irá enfrentar para conseguir apresentar a pesquisa será a financeira.

Para conseguir apresentar o projeto nos Estados Unidos, Bárbara Amoras precisa tirar o visto, que custa US$ 160 dólares, comprar as passagens aéreas, que estão em torno de R$ 3 mil, além de apoio financeiro para a estadia.

Conversei com minha família e professoras e vamos correr atrás de patrocínio e também fazer eventos, rifas, bingos para arrecadar os recursos. O importante é que eu consiga apresentar a pesquisa, que será um grande passo para o meu futuro profissional e para a comunidade quilombola“, disse ansiosa.

Entusiasmada com o alcance do projeto, a estudante afirma que após a feira, continuará trabalhando na pesquisa. “Essa é uma pesquisa de campo voltada para o social e por isso, há muito ainda no que trabalhar. Esse é o meu objetivo, promover essa alternativa econômica e cultural para o Curiaú“, enfatizou.

Fonte: G1 Amapá

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *