Live da Embrapa Amapá vai destacar potencial de produtos florestais não madeireiros para a economia da Amazônia

Em comemoração ao Dia Mundial do Meio Ambiente, celebrado em 5 de junho, a Embrapa preparou uma série de 16 lives especiais para estudantes do ensino médio e professores, com foco na sustentabilidade da agricultura brasileira. Uma das lives será apresentada pela Embrapa Amapá na próxima terça-feira, 1º de junho, das 15h às 16h20 (horário de Brasília), tendo como tema “A exploração de produtos florestais não-madeireiros e a manutenção da floresta em pé”. Link de acesso no canal da Embrapa no Youtube: https://youtu.be/hJGEKltXoyU.

A pesquisadora Ana Cláudia Lira Guedes vai destacar o potencial da andiroba, copaíba, pracaxi e cipó-titica, produtos florestais não-madeireiros (PFNMs) típicos da floresta amazônica, para agregar valor de conservação da biodiversidade e da renda às populações tradicionais da região. “Quando abordamos o tema floresta, não tratamos apenas da extração da madeira. A floresta, além da madeira, também oferece outros produtos e serviços ambientais. No caso de produtos não madeireiros, temos a andiroba, o pracaxi, a copaíba e o cipó-titica. Produtos que encontramos no nosso dia a dia, em cosméticos, fármacos, em móveis artesanais e aqueles luxuosos, cestos e vassouras. É necessário manejar a floresta, para também conservar esses produtos não madeireiros. Assim teremos como extrair sempre da floresta esses produtos e manter a floresta em pé”, afirma a pesquisadora, que desenvolve atividades junto com outros profissionais e acadêmicos de recursos florestais.

Andiroba. A andirobeira é uma árvore da floresta amazônica, com ocorrência em áreas do Brasil e do Suriname, no escudo das Guianas. Das sementes extrai-se um óleo com propriedades medicinais e cosméticas. Os amazônidas usam o óleo para tratar várias enfermidades. No Amapá, as principais localidades de estudos das andirobeiras são as florestas de várzea da Área Experimental de Fazendinha (APA) da Fazendinha, Campo Experimental da Embrapa em Mazagão e Reserva Extrativista do Cajari, onde também há ocorrência em áreas de terra firme. A Embrapa dispõe de estudos focados no manejo e na produção do óleo da andiroba; sobre o ataque da praga chamada broca-da-andiroba, que ataca a semente e, por isso, é recomendado que a coleta seja realizada rapidamente. A Embrapa Amapá também já publicou recomendações técnicas com relação à coleta da semente de andiroba.

Pracaxi. O pracaxizeiro é uma árvore de áreas ribeirinhas da Amazônia. A extração do óleo das sementes faz parte do conhecimento das populações locais sobre o ambiente natural, associado ao protagonismo das mulheres ribeirinhas da região. O óleo é utilizado como anti-inflamatório e cicatrizante. A comunidade ribeirinha do Limão do Curuá, localizada no Arquipélago do Bailique, distrito de Macapá (AP), é uma referência na extração deste produto. Uma pesquisa da Embrapa Amapá aponta que as inovações na extração do óleo de pracaxi nesta comunidade consistem em dois diferenciais: o não cozimento das sementes e o uso de uma prensa artesanal, confeccionada pelos moradores a partir de duas pranchas de madeira aparafusadas. A pesquisa é vinculada ao Projeto Manejo Florestal e Extrativismo (MFE), financiado com recursos do Fundo Amazônia.

Copaíba. A copaíba é uma árvore de grande porte com madeira fibrosa, de cor pardo-amarelado, com listras onduladas de coloração clara. É encontrada em toda a faixa tropical do planeta, porém com maior incidência no Brasil, e principalmente na Amazônia. O produto desta árvore mais usado é um oleorresina que se acumula nas cavidades internas do tronco. Tem propriedades antiinflamatória, cicatrizante, bactericida, diurético, expectorante e laxante. No Estado do Amapá a espécie ocorre na região do Cupixi/Vila Nova, Cajari, Camaipi, Maracá, Lourenço e Serra do Navio. O oleorresina é extraído e comercializado em pequenas quantidades em feiras livres e utilizado na composição de medicamentos do Instituto de Pesquisas Científicas e Tecnológicas do Estado do Amapá (IEPA) e pequenas indústrias locais. Plantios de copaíba no Amapá são raros.

Cipó-titica. O cipó-titica é um produto florestal não madeireiro encontrado em floresta de terra firme, na Amazônia. No Amapá, faz parte do cenário das florestas que margeiam a Perimetral Norte (BR-210), de Porto Grande, município da região central do Amapá, até Serra do Navio, localizado a noroeste do estado. A Embrapa desenvolveu um modelo de inventário para manejo sustentável do cipó-titica ((Heteropsis sp.), trazendo como avanço a inclusão das plantas na fase de plântulas, aquelas que ainda não atingiram a maturidade. A metodologia abrange a categorização das plantas de cipó-titica e seus hospedeiros, até a indicação do tamanho das áreas das Unidades de Trabalho. A planta fornece uma fibra flexível, resistente e durável, bastante utilizada na fabricação de móveis requintados e objetos artesanais.

Embrapa & Escola. A série de eventos on-line será realizada nos dias 1º, 2, 4 e 7 de junho, durante a Semana Nacional do Meio Ambiente, com foco na sustentabilidade da agricultura brasileira. As lives do programa Embrapa & Escola serão transmitidas no canal da Empresa no YouTube (www.youtube.com/embrapa). Diversos temas fazem parte da programação, como desperdício de alimentos, solos, controle biológico, florestas, água, uso de proteínas alternativas na alimentação, insetos, aquaponia em escala residencial, Agenda 2030 (ODS), produção de leite, entre outros.

Serviço:

Live “A exploração de produtos florestais não-madeireiros e a manutenção da floresta em pé”.

Data: 1º de junho de 2021 (terça-feira).

Hora: 15h às 16h20 (horário de Brasília).

Link de acesso: https://youtu.be/hJGEKltXoyU


Dulcivânia Freitas, Jornalista DRT/PB 1063-96
Núcleo de Comunicação Organizacional
Embrapa Amapá
Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária
Macapá/AP

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