Lula Jerônimo completa 74 anos. Parabéns, velho amigo!

Eu e Lula, no Norte das Águas, em 2009.

Hoje o cantor e instrumentista, pai de dois caras (um deles muito meu brother) e velho amigo deste editor, Lula Jerônimo, gira a roda da vida pela 74ª vez. Com mais de três décadas dedicadas à música somente no Amapá, ele conquistou a admiração e respeito do povo daqui. Mas somente este ano, no último dia 4 de fevereiro, o título de Cidadão Macapaense foi concedido pela Câmara Municipal ao velho cancioneiro. Só que ele já era do meio do mundo há tempos, em nossos corações.

Sempre guerreiro, há exatamente um ano, Lula estava lutando pela vida, quando se recuperava de um AVC. Graças à Deus, o cara tá bem. Sou um amigo um tanto distante e ausente, mas ele e o Bruno Jerônimo, seu filho e meu irmão de vida, sabem que se precisarem, podem contar comigo.

Eu e Lula, em 2015

Lula Jerônimo é cantor e compositor, nascido em Pernambuco e residente em Macapá, desde março de 1987. Quando aqui chegou, como cantor da noite, trabalhou no bar e restaurante “O Balaio”. Em 1988 passou a trabalhar no restaurante “Do Jura”, em Fazendinha. No mesmo ano fez um show no bar “Lennon”, comemorando “30 anos de Bossa Nova”, acompanhado por uma banda composta por músicos da terra, o que lhe rendeu elogios por parte do compositor Carlos Lyra, que estava de passagem pela cidade.

Durante três anos consecutivos foi músico exclusivo do “Novotel”. Participou de shows nos projetos: Pororoca, Macapá Verão, Aniversário da Cidade, Aniversário da Fortaleza de São José, Canto de Casa, Mesa de Bar, Fortificando a Arte, Projeto Botequim, Brasil 500 pássaros, Expo Feira Agropecuária, 50 anos dos Poetas João Gomes e Val Milhomen, etc. E lançou um CD/DVD intitulado “Lula Jerônimo”, onde apresenta ao público músicas de sua autoria.

Niver do Lula na casa dele. Na foto estão: eu, Sal Lima, Chico Terra, Lula e Bruno Jerônimo, em 2018.

Trocando em míúdos, Lula é um “cabra brabo” e muito gente boa. Ele é humanista, militante de causas sociais e crítico visceral. Também um baita cara legal, trabalhador e guerreiro. Pernambucano de nascimento, ex-marinheiro e amapaense de coração, o artista escolheu Macapá como lar e por aqui vive há décadas. E que vida!

Ele é um músico da velha guarda desta cidade e precisa ser valorizado sempre. Apesar daquela sinceridade peculiar do nordestino, o cara é gente fina. Ah, o Jerônimo também foi parceiro de boemia do meu falecido pai, José Penha Tavares. Eu o conheci no início dos anos 90, quando comecei a frequentar a noite amapaense.

O cantor e instrumentista deu uma incalculável contribuição para a nossa cultura e pelo baita cara porreta que Jerônimo é, a ele rendo homenagens.

Mestre Lula, que Deus te dê muita saúde e que tu sigas nessa paideguice bruta que a gente adora, velho amigo. Meus parabéns e feliz aniversário!

Elton Tavares

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