Lutador coloca Amapá na geografia olímpica e crê em quatro pódios do Brasil – Via Folha de São Paulo

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Venilton Teixeira, representante brasileiro do Taekwondo nos Jogos Olímpicos do Rio Steferson Faria/Divulgação

Por MARCEL MERGUIZO e PAULO ROBERTO CONDE

O lutador de taekwondo Venilton Teixeira é um caso raro. Cresceu em uma família com outros 17 irmãos, mas mantém relação com “só” sete —é o quinto mais velho.

Desde cedo, perdeu o contato com os pais e foi criado por sua avó, Venina, 58.

Bagunceiro, fez com que ela o pusesse em um projeto social aos 14 anos, quando começou a praticar a luta.

Ele confessa que nunca passou por sua cabeça que, seis anos mais tarde, estaria a dias de disputar sua primeira Olimpíada, e como candidato a um lugar no pódio.

O que realça ainda mais a trajetória única de Venilton é o fato de ter nascido no Amapá. Atletas do Estado nos Jogos são uma raridade.

Ele será apenas o segundo a ter a honraria. O primeiro foi o nadador Jader Souza, que foi a Atenas-2004.

Se não é pioneiro em participação, quer sê-lo em conquista. Bronze no Mundial de 2015 na categoria até 54 kg (não disputada nos Jogos), competirá no peso até 58 kg como candidato a medalha.

Seria uma medalha amapaense de fato. Venilton não deixa a capital Macapá.

O apego é louvável, mas também lhe causa problema: há poucos lutadores para treinar (os chamados sparrings).

Para suprir a carência, costurou com a Confederação Brasileira de Taekwondo um socorro. Cinco atletas de São Paulo, Paraíba e Rio Grande do Norte vão para Macapá nas semanas que antecedem os Jogos ajudar nos treinos.

“Escolhemos atletas de bom nível com o mesmo perfil de quem posso enfrentar no Rio”, disse Venilton.

Ele prevê uma Olimpíada com fartura de medalhas para o taekwondo brasileiro. “Acredito em quatro medalhas. A chance é real”, disse.

Iris Tang Sing, Maicon Andrade e Julia Vasconcelos completam a equipe.

Fonte: Folha

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