Macapá 260 anos: dançadeiras de Marabaixo são homenageadas no Residencial Jardim Açucena

Como parte das comemorações dos 260 anos de Macapá, o Município homenageou nesta terça-feira, 30, às dançadeiras de Marabaixo. Elas carregaram durante anos a cultura do estado do Amapá, por meio do batuque e do Marabaixo. Essa uma forma de valorizar as famílias tradicionais e homenagear aquelas que já faleceram, deixando suas marcas na cultura.

Antônia do Carmo Costa, filha de Belarmina Tavares da Silva e representante da comunidade de Campina Grande, disse que representar todas as homenageadas, sejam elas açucenas ou familiares, é muito emocionante. “Este é um momento único, pois estamos passando para nossos netos e bisnetos a nossa cultura, que vem passando de geração para geração”, disse.

A cerimônia contou com a presença dos familiares das 13 marabaixeiras, que darão nome às ruas, avenidas e centros comunitários do Jardim Açucena, que será entregue nesta sexta-feira, 2. O primeiro residencial onde os nomes dos logradouros públicos serão predominantemente de mulheres.

Laura Ramos, vice-presidente do Conselho de Igualdade Racial, disse que eventos como este são importantíssimos para o Amapá. “É muito bom ver nossas marabaixeiras sendo homenageadas desta forma. Essas mulheres foram muito além do toque da caixa de Marabaixo, pois muitas delas levaram nossa cultura para o espaço da educação”, destacou.

Cada família recebeu uma placa para marcar a homenagem feita pela prefeitura. O diretor-presidente do Instituto Municipal de Promoção da Igualdade Racial, Maykom Magalhães, destacou que evento como este mostra a importância que tem a cultura do Marabaixo e suas famílias tradicionais. “Este momento tem uma simbologia muito grande, porque essas mulheres, além de dançadeiras de Marabaixo, são militantes da cultura”, enfatizou.

O senador Davi Alcolumbre destacou que em Macapá 70% de sua população se denomina negro ou pardo. “Logo, esse evento tem uma simbologia muito importante para a história do Amapá, pois homenageia personalidade e famílias tradicionais da nossa cultura”. A programação contou com a apresentação de Joãozinho Gomes, que leu uma poesia que remetia ao aniversário de Macapá; de Osmar Jr. e Amadeu Cavalcante, que cantaram Rosa Branca Açucena.

Clécio Luís lembrou que não está sendo entregue apenas prédios, e sim habitação digna para a população que precisa. “Aqui todas as ruas são nomes de dançadeiras de Marabaixo. Isso faz sentido para as famílias homenageadas, mas, principalmente, para aqueles que irão morar nesse residencial. Esse é um conceito de cidade criativa que nós fizemos no São José, onde homenageamos operários, e no Mestre Oscar Santos, onde foram homenageados canções e compositores amapaenses”, finalizou.

O evento contou ainda com a apresentação de grupos tradicionais de Marabaixo e com a presença da coordenadora municipal de Políticas Públicas para as Mulheres, Anne Pariz; coordenadora do Comitê Gestor do Programa Minha Casa, Minha Vida do Município de Macapá, Mônica Dias; deputados estaduais Paulo Lemos e Pedro DaLua, e dos vereadores Gian do NAE e Caetano Bentes.

Homenageadas

Nomes escolhidos para as ruas do residencial:

Eugênia Ferreira de Jesus – Tia Iô;
Geralda Prazeres dos Santos – Tia Geralda;
Antônia Venina da Silva – Mãe Venina;
Maria Pereira da Costa – Dona Militina;
Belarmina Tavares da Silva – Tia Bela.

Nomes escolhidos para os centros comunitários, condomínios, subestação de água, quadra poliesportiva, quadra de areia e uma avenida:

Venina Francisca da Trindade – Tia Veca;
Maria Manoela Rodrigues – Maria Máximo;
Honorina da Silva Ramos – Tia Honória;
Áurea Lina Barbosa – Tia Sinhá;
Maria Ondina da Silva Santos – Tia Ondina;
Maria Clemência da Silva – Tia Clemência;
Maria da Paz da Silva Damasceno – Dona Maria da Paz;
Maria Eleonor da Silva – Tia Eleonor.

Adryany Magalhães
Assessora de comunicação/PMM
Fotos: Max Renê

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