Ministro da Cultura garante celeridade para que o Marabaixo se torne Patrimônio Cultural Imaterial Brasileiro

Reunião no Ministério da Cultura

Em reunião com o ministro da Cultura, Juca Ferreira, na tarde desta terça-feira, 22, as amapaenses Danniela Ramos e Esmeraldina Santos, trataram sobre o registro do marabaixo como Patrimônio Cultural Imaterial Brasileiro. Elas foram à convite do senador Randolfe Rodrigues, que reitera o esforço do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (IPHAN) para que o marabaixo tenha o registro aprovado e se torne patrimônio cultural do Brasil. No ano passado, durante visita do ministro ao Amapá, manifestou interesse na aprovação do registro.

Danniela Ramos e a quilombola Esmeraldina, compõem o Comitê Gestor do Marabaixo no IPHAN, entidade que desde 2013 desenvolve o trabalho voltado para este objetivo. A superintendente do Instituto no Amapá, Juliana Morilhas, explica que todos os trâmites são seguidos para a efetivação do registro. “Fizemos o inventário, e em 2014 iniciamos a mobilização dos grupos e comunidades, que contribuíram com o inventário, e formam o Comitê Gestor, que subsidia o Iphan como mediador do trabalho de registro. A meta é entregar o pedido de registro em maio”, disse.

Durante a reunião, o ministro Juca Ferreira e a superintendente do IPHAN nacional, Jurema Machado, firmaram o compromisso de ajudar na celeridade do processo. O senador Randolfe Rodrigues se comprometeu em destinar uma emenda para que o IPHAN nacional finalize a pesquisa, após a formalização do pedido de registro que será feito pela representação do órgão no Amapá.

Reunião Ministério da Cultura (1)

“Finalmente o nosso marabaixo terá o reconhecimento merecido, é a valorização da cultura e respeito com a memória de nossos antepassados. Essa vitória é de todo o povo do Amapá e principalmente dos pioneiros, que não deixaram a história se perder no tempo”, comemora Danniela.

O marabaixo é a manifestação que mais caracteriza a cultura amapaense. Vem do início da colonização de Macapá, uma junção dos costumes de negros que vieram escravos da África, com a tradição católica nativa. A dança, o canto, chamados de “ladrões”, que conta em versos o cotidiano, caixas artesanais, gengibirra, fogos, caldo são costumes agregados aos louvores à Santíssima Trindade e Divino Espírito Santo, muito forte durante o Ciclo do Marabaixo, fundamentado no catolicismo. Estas características se enquadram no conceito de bens materiais e culturais.

Mariléia Maciel
Fotos: ascom Randolfe Rodrigues

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