Moedas e Curiosidades – “La Vita è Bella” – Por @SMITHJUDOTEAM

Por José Ricardo Smith

Na noite do dia 21 de março de 1999 estava tudo pronto para a festa, pois acontecia no Dorothy Chandler Pavilion em Los Angeles a festa de premiação da 71ª do Oscar, apresentada pela Academia de Artes e Ciências Cinematográficas, que homenageou os melhores filmes, atores e técnicos de 1998, e a expectativa era muito grande para o primeiro Oscar para um filme brasileiro: “Central do Brasil”, que concorria em duas categorias, mas infelizmente não foi dessa vez.

O grande vencedor da noite foi o filme “A Vida é Bela” de Roberto Benigni, que arrematou três Oscars, melhor filme estrangeiro, melhor ator e melhor trilha sonora. Na minha coleção tenho dois sets da República da Somália com a moeda que homenageia essa inusitada vitória, com valor facial de 5 Shillin, feita de cupro-níquel com 40 mm de diâmetro e 20 g de peso.

Em 1938, na região italiana da Toscânia, o simpático judeu Guido (Roberto Benigni) apaixona-se por Dora (Nicoletta Braschi), uma professora que está noiva de um funcionário local. Guido, porém, não desiste até no momento do casamento de Dora que acaba por fugir, em plena cerimônia, com o seu cavaleiro andante. Durante cinco anos vivem felizes na companhia de Giosué (Giorgio Cantani), até que as medidas de perseguição e detenção aos judeus são implementadas na Itália. Guido e Giosué são deportados para um campo de concentração e Dora decide acompanhá-los. Pai e filho ficam juntos e durante todo o tempo na prisão Guido, de forma engenhosa e com o auxílio dos outros prisioneiros, convence o garoto que estão num campo de férias a jogar um longo e emocionante jogo. Guido consegue transformar cada momento de humilhação, repressão e violência em hábeis situações do suposto jogo em que o garoto vai participando divertidamente. Finalmente, já perto do fim, Guido morre para salvar o filho, que se reúne a mãe no dia da libertação.

O filme “A Vida é Bela” foi um dos mais estrondosos sucessos dos últimos tempos, que comoveu e divertiu o mundo com uma incrível história dramática, contada em tom de fábula cômica sobre o Holocausto, e que teve algumas curiosidades que poucas pessoas conhecem:

• Filmado em família – Dora, a mulher do personagem Guido é a esposa de Roberto Benigni na vida real.
• A vida de Trotsky – Roberto Benigni afirmou que o título do filme é baseado em uma citação de Leon Trotsky, que aguardando a morte no exílio, ele escreveu que apesar de tudo “a vida é bela”.
• Escritor alemão – Antes de dormir, os personagens de Guido e Ferruccio fazem algumas brincadeiras sobre o filósofo alemão Artur Schopenhauer, o escritor favorito de Adolf Hitler.
• Falando italiano – O Oscar de melhor ator para Roberto Benigni, marca a segunda vez em que uma performance em italiano é premiada.

* José Ricardo Smith é professor e numismático.

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