Moedas e Curiosidades: “O Grito do Ipiranga” – Por @SMITHJUDOTEAM

Por José Ricardo Smith

O ano de 1922 – último do mandato do presidente Epitácio Pessoa – foi marcado por vários movimentos que sinalizava o declínio das oligarquias. Em fevereiro tivemos a Semana de Arte Moderna e em julho a Revolta dos 18 do Forte de Copacabana. Para tentar aliviar as tensões aproveitou a comemoração do Centenário da Independência e lançou três medalhas, uma de bronze, uma de prata e uma de ouro, na minha coleção tenho apenas a medalha de prata.

Entre os anos de 1821 e 1822, D. Pedro I ocupou o cargo de príncipe regente do Brasil. Na época, seu pai, D. João VI havia deixado o governo em suas mãos para participar do processo de reformas políticas, que tomava conta de Portugal desde 1820. Mesmo durando um breve período de tempo, o governo provisório de D. Pedro I foi marcado por um conjunto de transformações bastante intensas.

Em 14 de agosto de 1822, esperando repetir o êxito de uma viagem anterior a Minas Gerais (abril), quando sua presença pacificou os exaltados ânimos mineiros, D. Pedro I partiu para a província de São Paulo. Essa província estava agitada por distúrbios internos, que em muito afetavam o prestígio do paulista José Bonifácio, o homem forte do governo.

No dia 7 de setembro, retornando de Santos, onde fora inspecionar as defesas do litoral paulista, D. Pedro I encontra os emissários do Rio de Janeiro, às margens do riacho do Ipiranga, nos arredores de São Paulo. Depois da leitura da correspondência, que continha novas decisões das Cortes, e das cartas de José Bonifácio e de Dona Leopoldina, sua esposa, D. Pedro I proclamou a Independência do Brasil, assistido apenas pela comitiva que o acompanhava.

De acordo com os historiadores, a famosa pintura “O Grito do Ipiranga”, de Pedro Américo, retrata a independência de um jeito muito mais bonito do que foi na realidade.

Os lindos cavalos da obra, na verdade eram jumentos. É que D. Pedro I e os seus companheiros faziam uma viagem bem longa. Eles subiram a Serra do Mar, vindo de Santos, e os cavalos não são tão resistentes quanto os jumentos.

Dizem os especialistas, também, que D. Pedro I não parou às margens do riacho do Ipiranga porque era um lugar especial e bonito o suficiente para ser o marco da Independência. Na verdade, ele estava com uma forte diarréia (sei bem o quê é isso, kkk.) e parou para se aliviar um pouco.

* José Ricardo Smith é professor e numismático.

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