Moro apresenta duas provas que desmentem Bolsonaro, mentiroso compulsivo. Mas ainda deve ter mais 200 para mostrar na hora certa.

Sergio Moro exerceu por mais de 22 anos o cargo de juiz federal.

Em boa parte de sua carreira na magistratura, atuou como juiz criminal.

Esmerou-se, portanto, em saber como bandidos agem, inclusive os da Lava Jato.

Não seria agora que iria fazer acusações tão graves contra a maior autoridade da República sem dispor das provas necessárias para não incorrer, ele próprio, em crimes vários, como os de calúnia e denunciação caluniosa, entre outros.

É de uma ingenuidade atroz imaginar-se, como estão imaginando bolsonaristas ingênuos, mas ensandecidos, que Moro não teria provas das acusações graves, gravíssimas como as que fez a Bolsonaro na manhã desta sexta-feira, ao anunciar sua saída do cargo de ministro da Justiça.

Ontem (24), o Jornal Nacional exibiu duas provas enviadas por Sergio Moro.

Uma delas, para reforçar a acusação de que Bolsonaro se mostrava irresignado com investigações da PF sobre deputados bolsonaristas, ainda que Moro lhe explicasse que a Polícia Federal estava agindo por determinação doe ministro do STF Alexandre de Moraes.

A outra prova, para demonstrar que ele, Moro, rechaçou proposta indecorosa da deputado bolsonarista Carla Zambelli, de apoiar uma eventual indicação do então ministro para o Supremo, caso ele permanecesse no Ministério da Justiça e aceitasse a indicação do delegado Alexandre Ramagem para substituir Maurício Valeixo na direção geral da PF.

Essas duas provas, ainda que relevantes e contundentes, são apenas uma preliminar, são apenas um aperitivo do que Moro certamente deve ter, para exibir no momento oportuno e no foro adequado.

Mesmo assim, há bolsonaristas acreditando que Bolsonaro, um mentiroso compulsivo, não mente.

Mesmo assim, há bolsonaristas acreditando que Bolsonaro é uma espécie de vestal intocada da nova política, logo ele, que, sabem todos, é uma cria da velha, velhíssima política.

Mesmo assim, há bolsonaristas se recusando a aceitar o fato de que Bolsonaro, como presidente da República, não tem respeito nem pelo cargo que exerce e muito menos pelo Brasil, que ele desgoverna desde 1º de janeiro de 2019.

Fonte: Espaço Aberto

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