Morre Rubin Carter, o ”Hurricane”, símbolo de liberdade. Adios, Furacão!


Símbolo de liberdade, ex-boxeador Rubin Carter, o ”Hurricane” (Furacão) morreu ontem (20), em Toronto (Canadá). Ele tinha 76 anos e lutava contra um câncer de próstata. Em junho de 1966, ele era um forte candidato ao título mundial de boxe, mas foi preso no mesmo ano, acusado de assassinato em primeiro grau de três pessoas brancas. 

Quando as três pessoas são assassinadas num bar em Nova Jersey (EUA), Hurricane passou, de carro, próximo ao local do crime. Carter foi erroneamente preso como um dos assassinos e condenado à prisão perpétua, por motivação racista: os jurados eram brancos. Anos mais tarde, o Furacão publicou um livro chamado “The 16th round”, em que conta todo o caso.

A obra inspirou um adolescente do Brooklyn e três ativistas canadenses a juntarem forças com Rubin para lutar por sua inocência.

Ele foi declarado inocente e libertado em 1985. A Associação de Defesa das Vítimas de Erros Judiciais (AIDWYC), da qual “Hurricane” Carter foi diretor executivo de 1993 a 2005, afirmou em seu comunicado sobre o falecimento do Furacão: “Descansa em paz Rubin, teu combate terminou, mas nunca será esquecido”. 

Cinema

Depois de ler a autobiografia publicada enquanto Carter ainda estava preso, Bob Dylan escreveu em 1975 a canção “Hurricane” sobre a vida de Carter, que virou um símbolo da injustiça. Bob Dylan foi processado pela Patty Valentine, por ter usado seu nome na música.

A história também inspirou um filme do diretor Norman Jewison, “Hurricane: O Furacão” (1999), com a atuação brilhante de Denzel Washington como Rubin Carter, rendeu ao astro do cinema o Globo de Ouro de melhor ator e uma indicação ao Oscar.

Além do filme e canção, a história rendeu alguns livros. 

Hurricane foi campeão mesmo não disputando o cinturão. Ele lutou contra algo muito mais poderoso, que assola não só seu país, mas o mundo. O racismo está presente sempre e são caras como Rubin Carter que nocauteiam tais idiotices. Adios, Furacão!

Fontes: Estadão, UOL e minha cachola. 

Elton Tavares

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