Mosca-da-carambola:equipe do Ministério da Agricultura visita laboratórios de proteção de plantas da Embrapa Amapá

O diretor do Departamento de Sanidade Vegetal do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), Marcus Vinícius Coelho, e a coordenadora Nacional do Programa de Combate à Mosca da Carambola, Maria Júlia Godoy, fizeram uma visita técnica aos laboratórios de pesquisas de proteção de plantas da Embrapa Amapá, na última sexta-feira, 22/9. O objetivo foi verificar in loco a estrutura, instrumentos, métodos e resultados de estudos desenvolvidos para combate à mosca-da-carambola (Bactrocera carambolae), os quais subsidiam o Mapa nas ações de combate a esta praga. Os setores visitados foram salas de criação de moscas-das-frutas e de parasitoides agentes de controle biológico, e os laboratórios de entomologia e fitopatologia.

A visita fez parte de uma agenda da equipe do Ministério da Agricultura ao Amapá, que inclui na quinta-feira, 21/9, um encontro com o governador do Amapá, Waldez Góes e membros da equipe de governo responsável pelas ações locais de combate e controle da mosca-da-carambola no Estado. Os técnicos do Ministério foram recebidos na Embrapa, pelo chefe-geral Jorge Yared, chefe de transferência de tecnologias, Nagib Melém, e pelos pesquisadores Ricardo Adaime, Cristiane Ramos de Jesus Barros e Adilson Lima. Também participaram da visita a superintendente Federal de Agricultura no Amapá, Suely Collares, e o chefe do Serviço de Sanidade, Inspeção e Fiscalização Vegetal (Superintendência Federal de Agricultura no Amapá), José Victor Torres Alves Costa.

Embrapa registrou 21 hospedeiros no Amapá

Os estudos da Embrapa são realizados em apoio ao Programa Nacional de Erradicação da Mosca-da-Carambola (PNEMC), coordenado pelo Mapa, e atendem ao objetivo de promover pesquisa para segurança biológica e defesa zoofitossanitária da agropecuária e produção florestal brasileira. Uma destas pesquisas verificou que aumentou de 17 para 21 o número de espécies infestadas com essa praga no Amapá, único estado onde há ocorrência de hospedeiros da mosca-da-carambola no País. As 21 espécies vegetais hospedeiras agora são: caju, manga, taperebá, biribá, ajuru, Licania sp., acerola, muruci, araçá-boi, pitanga, goiaba, goiaba-araçá, ameixa-roxa, jambo-vermelho, carambola, sapotilha, abiu, cutiti, tangerina, laranja-da-terra e pimenta-de-cheiro. Entre os hospedeiros registrados no Comunicado Técnico intitulado “Novos Registros de Hospedeiros da Mosca-da-Carambola (Bactrocera carambolae) no Estado do Amapá, Brasil”, o caju, a laranja-da-terra e a tangerina já haviam sido relatados como hospedeiros de mosca-da-carambola no Suriname, em 1991. Entretanto, o registro de goiaba-araçá ou araçá como hospedeiro da mosca-da-carambola é inédito na América do Sul. Embora o Estado de Roraima também esteja na área de ocorrência da mosca-da-carambola desde 2013, até o momento não há registros de hospedeiros naquele estado.

Projeto científico “Mosca-da-carambola no Brasil”

Estes dados são resultantes de pesquisas no âmbito do projeto “Mosca-da-carambola no Brasil: biologia, ecologia e controle”, iniciado em 2014 com previsão de término em 2018. De acordo com a pesquisadora Cristiane Ramos de Jesus-Barros, líder da pesquisa, os estudos incluem também estratégias para monitoramento e controle da mosca-da-carambola, por meio de testes de controle químico, biológico e alternativo para controle da praga nas diferentes fases do seu ciclo de vida, com o objetivo de atingir maior eficiência e minimizar os custos de controle e possíveis impactos ambientais. No Brasil, a mosca-da-carambola foi registrada em 1996 em Oiapoque, município do extremo norte do Amapá, oriunda da Guiana Francesa após ser detectada no Suriname em 1986. Este fato é, provavelmente, resultado do transporte de frutos contaminados da Indonésia pela comunidade de indonésios residentes no Suriname. É caracterizada como praga quarentenária presente no País, ou seja, com distribuição restrita aos estados de Amapá e Roraima e sob controle oficial do Ministério da Agricultura.

Serviço:

Dulcivânia Freitas, Jornalista DRT/PB 1063-96
Núcleo de Comunicação Organizacional
Embrapa Amapá
Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária
Macapá/AP

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