Movimento de Artistas em favor da Inclusão da Pessoa com Deficiência na Cultura convida ao diálogo, os principais Secretários de Cultura do Brasil

O “MAIS – Movimento Arte IncluSiva ” realiza um ciclo de 28 lives onde o Movimento, através da sua criadora, a artista Paula Wenke, pretende dialogar sobre Arte Inclusiva* e Acessibilidade Cultural* com todos os Secretários de Cultura Estaduais e Municipais de suas respectivas capitais, bem como com o Secretário Nacional de Cultura e o do Distrito Federal. O projeto é patrocinado pela Embaixada do Reino dos Países Baixos, através do “Fundo de Cultura 2021: Conexões Culturais, Cidades Habitáveis”. Um representante da referida Embaixada participa deste diálogo na live da Abertura e live de Encerramento.

O ciclo iniciou no dia 04 de outubro de 2021, às 14:30h, dialogando com o Secretário de Cultura e Economia Criativa Sr. Bartolomeu Rodrigues e com o Subsecretário de Fomento e Incentivo Cultural do DF, Sr João Moro. A seguir, foram realizados os diálogos com os estados do Rio de Janeiro, Minas Gerais, Paraná e Acre.

No dia 13/10 será a vez dos estados do Rio Grande do Sul e do Amapá, nos seguintes horários e expositores já confirmados:

RS – 14h30 – Gabriella Meindrad, Secretária Adjunta da Cultura do RS e Clovis André Silva da Silva, Secretário Municipal Adjunto de Cultura de Porto Alegre;

AP – 16h30 – Thomé Azevedo – ator, diretor de cinema e teatro e técnico do Museu da Imagem e Som da SECULT/AP e Olavo dos Santos Almeida, Presidente da Fundação Municipal de Cultura de Macapá

Haverá a participação (remota em vídeo de abertura de todas as lives) do artista holandês Ronald Ligtenberg, criador da FESTA SENCITY, evento que estimula todos os sentidos, fazendo com que se viva a experiência de um show, mesmo para os que não ouvem. A pista de dança emite vibrações, odores, cenografia de ponta com muitos efeitos visuais e interpretação das músicas com linguagem de sinais.

Nas lives não haverá entrevista formal, cada Secretário ou seu representante terá seu tempo de exposição onde irá discorrer sobre:

“Ações e instrumentos de fomento que a Secretaria de Cultura sob sua responsabilidade vem executando ou pode vir a executar para implementação de Acessibilidade Cultural* e fortalecimento/florescimento da Arte Inclusiva*”

Para tanto, o MAIS colaborou enviando a todos os convidados dois instrumentos de facilitação para elaboração de conteúdo, anexados ao convite. Nestes documentos há sugestões de artistas com ou sem deficiência, um instrumento de fomento considerado modelo de excelência no quesito “Acessibilidade Cultural” e “Arte Inclusiva”, criado e executado pela Secretaria de Cultura e Economia Criativa do DF.

Estes encontros pretendem ser positivos e propositivos, O Movimento unirá esforços para a publicação destes diálogos posteriormente. A expectativa da equipe do MAIS é que seja um marco e mapeamento importante na história da Acessibilidade Cultural e Fortalecimento da Arte Inclusiva no Brasil.

Roteiro e Elenco de cada Live, por Estados Brasileiros e DF (27)

– Artista Anfitriã – Paula Wenke, brasileira, idealizadora do Movimento Arte Inclusiva; Criadora, Diretora, Dramaturga e Atriz do Teatro dos Sentidos desde 1997. (Técnica de encenação teatral idealizada para a total compreensão de uma platéia de cegos ou olhos vendados. Os sentidos da audição, tato, olfato e paladar são fortemente explorados, segundo a narrativa da história. Ao final do espetáculo o público descobre que em geral, metade do elenco é PCD. Após o espetáculo, o público é convidado a conhecer obras de artistas visuais que traduzem em suas obras, cenas imaginadas do Teatro dos Sentidos. Estes artistas são provocados para que criem suas obras com acessibilidade tátil ou auditiva para a platéia de cegos. (10 min iniciais para apresentação de vídeo sobre o tema e apresentação dos ilustres convidados.)

– O Secretário Estadual de Cultura (20 min. de exposição e diálogo)
-O Secretário Municipal de Cultura da Capital do mesmo Estado (20 min de exposição e diálogo) (10 min para considerações e conclusões.)

As lives ficarão gravadas e serão disponibilizadas no Canal do Youtube /c/ Paula Wenke .

Justificativas para o diálogo proposto:

1. De acordo com o Censo 2010, quase 46 milhões de brasileiros, cerca de 24% da população, declarou ter deficiência em pelo menos uma das habilidades investigadas (enxergar, ouvir, caminhar ou subir degraus), ou possuir deficiência mental / intelectual. Em média, significa uma proporção de 1 para cada 4 brasileiros. No mundo, 15% da população é PCD, ultrapassando um bilhão de pessoas”

2. “trechos da LEI Nº 13.146, DE 6 DE JULHO DE 2015. – Lei Brasileira de Inclusão da Pessoa com Deficiência (Estatuto da Pessoa com Deficiência). CAPÍTULO IX; DO DIREITO À CULTURA, (…). Art. 42. A pessoa com deficiência tem direito à cultura, (…) e ao lazer em igualdade de oportunidades com as demais pessoas, sendo-lhe garantido o acesso. (…) Art. 43. O poder público deve promover a participação da pessoa com deficiência em atividades artísticas, intelectuais, culturais, (…), com vistas ao seu protagonismo, devendo: I – incentivar a provisão de instrução, de treinamento e de recursos adequados, em igualdade de oportunidades com as demais pessoas; II – assegurar acessibilidade nos locais de eventos (…) ; III – assegurar a participação da pessoa com deficiência em jogos e atividades (…), culturais e artísticas, (…), em igualdade de condições com as demais pessoas. (…)”

3. “O maior preconceito contra a Pessoa com Deficiência é o capacitismo. É a crença equivocada de que “não são capazes”. Não vemos a proporção tal qual existem em nosso cotidiano : de cada quatro brasileiros, um é PCD, segundo os dados do IBGE de 2010. Isto significa que ainda estão prioritariamente em casa. Ou seja, na invisibilidade. A Arte é um instrumento de potência incomensurável para essa transformação de crenças, de cultura. O pódio e o palco são lugares de VIRTUOSOS, DE CAPAZES. Urge que ocupem estes espaços merecidos. Também por uma questão de representatividade e cidadania. Os esportes paralímpicos, culminando com as Paralimpíadas estão revelando tal verdade claramente. A Arte então, atividade mais espiritual, mental, emocional do que física é o trampolim perfeito onde nem o céu é o limite” – Paula Wenke

*Acessibilidade Cultural : Inclusão da PCD como platéia de obras, produtos culturais.
É preciso que exista possibilidade de “chegar” (acessibilidade para locomoção e adaptações arquitetônicas e ”entender” informações para o desfrute das obras apresentadas (linguagem simples e acessibilidade comunicacional).

*Arte Inclusiva: Quando a PCD é o artista, fazendo parte de um grupo ou apresentando sua obra individualmente. Não é preciso que seja o proponente/produtor, mas que esteja revelando em uma produção, suas capacidades, visões artísticas e criativas. Um grupo que convide um artista PCD para integrar-se ativamente em seu projeto está realizando Arte Inclusiva.

Alguns links de referência da artista anfitriã:
Paula Wenke: www.paulawenke.com
Matéria do Jornal Nacional sobre o Teatro dos Sentidos, sua criação:
https://globoplay.globo.com/v/5341664/

Participação de Paula Wenke no Programa Sem Censura de Leda Nagle:

Paula Wenke
Diretora Sócia da Wenke Produções Artísticas.
Tel: 21-96403-7047

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