MP-AP promove curso para formação de facilitadores de Práticas Restaurativas

Membros, servidores e colaboradores do Ministério Público do Amapá (MP-AP) iniciaram nesta segunda-feira (14) o primeiro curso para formação de facilitadores de Práticas Restaurativas, destinado ao público interno, distribuído em diferentes áreas de atuação. A ação faz parte do projeto “MP Restaurativo”, que visa implantar a política de incentivo à autocomposição no âmbito do MP, com intuito de contribuir para a disseminação de uma cultura de paz.

Fortalecer os conceitos de Justiça Restaurativa, como método eficaz para pacificação de conflitos e humanização das relações sociais, também é objetivo do curso. Uma vez capacitados, os novos facilitadores terão condições de atuar em diferentes ambientes, com base nesses novos valores, métodos e técnicas, que acreditam no diálogo construtivo como o melhor caminho para o restabelecimento da sensação de justiça e o despertar do senso de pertencimento das pessoas.

Na abertura, o procurador-geral de Justiça do MP-AP, Márcio Augusto Alves, agradeceu a disposição dos 80 participantes em buscar essa capacitação. “Fico muito feliz em iniciar esse curso e ver tanto esse interesse coletivo por algo diferente, por esse novo paradigma, que é a Justiça Restaurativa. Espero que a semana seja produtiva e que possamos sair daqui renovados”.

A coordenadora do Núcleo de Mediação, Conciliação e Práticas Restaurativas (NMCPR) e integrante da Comissão Interna de Incentivo à Autocomposição, promotora de Justiça Silvia Canela, destacou o trabalho já realizado pelas palestrantes, Violeta e Marta Marioni, junto ao Núcleo, e a satisfação em ver o projeto cada dia mais fortalecido.

“As nossas convidadas contribuem trazendo ferramentas maravilhosas, que nos ajudam a transformar o mundo e disseminar a paz sem que isso pareça um peso. Precisamos estar preparados para cuidar de toda essa demanda, que, na maioria dos casos, nos procura com tantos conflitos. Precisamos nos humanizar cada vez mais. Tenho certeza que vai ser uma semana de muita alegria, descobertas e aprendizados”, disse a promotora.

Uma das pioneiras na utilização das Práticas Restaurativas no Brasil, referência internacional na temática, a especialista Violeta Daou, comemora os resultados alcançados no Amapá. “Já aprendemos tanta coisa com vocês. Quando começamos pouca gente acreditou, mas somos pessoas colaborativas e não competitivas. Juntamos nossos conhecimentos e hoje estamos muito orgulhosos. Podemos utilizar a justiça restaurativa em todos os contextos, mas precisamos olhar para o outro de forma mais humana. Esse é convite que faço a vocês”, resumiu.

Sobre a formação

São 40 horas/aula e 80 pessoas capacitadas. O curso foi ministrado pelas especialistas em Práticas de Justiça Restaurativas, Violeta Daou e Marta Marioni, que entre os temas fundamentais, abordarão: reflexão, comunicação não-violenta, postura restaurativa, procedimento de práticas, conversas e círculos restaurativos e exercícios práticos de formação de facilitadores, multiplicadores e formadores.

A Justiça Restaurativa é um novo paradigma fundado em princípios, valores, métodos e metodologias alternativas para solução pacifica de conflitos que vai além do ambiente judicial e encontra na comunidade escolar terreno fértil para devolver um conjunto de valores e ferramentas preventivas da violência, atuando diretamente na mobilização de pais, alunos e suas famílias.

SERVIÇO:

Ana Girlene
Assessoria de Comunicação do Ministério Público do Estado do Amapá
Contato: (96) 3198-1616
E-mail: [email protected]

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