MP vai à Escola: Ministério Público promove palestras sobre combate à corrupção em instituições de ensino de Santana e Abacate da Pedreira

O Ministério Público do Amapá (MP-AP) deu seguimento, nesta terça-feira (12), ao Projeto de “Prevenção à Corrupção MP vai à Escola”. A ação consistiu em palestras em duas instituições de ensino. Pela manhã, na Escola Estadual Professor José de Ribamar Pestana, localizada no município de Santana; à tarde, na Escola Estadual Daniel de Carvalho, na comunidade do Abacate da Pedreira. O objetivo dos encontros foi alertar sobre os perigos da prática de corrupção e promover a reflexão sobre como bem proceder aos estudantes dos dois educandários.

E.E. Professor José de Ribamar Pestana

Durante a manhã, na E.E. Professor José de Ribamar Pestana, o evento contou com a presença do procurador-geral de Justiça, Márcio Alves, que palestrou para os alunos do educandário, acompanhado do promotor de Justiça Laércio Mendes, titular da Promotoria de Defesa do Patrimônio Público, da Probidade Administrativa e das Fundações, e coordenador do Laboratório de Tecnologia Contra a Lavagem de Dinheiro (LAB-LD).

“Minha vida inteira estudei na escola pública e acredito muito na força da comunidade engajada em torno de uma causa. Precisamos entender que a corrupção compromete a nossa cidadania, porque nos tira os direitos básicos, como por exemplo, a merenda escolar, que é, infelizmente, objeto de tantas denúncias”, acertou o promotor Laércio.

Na ocasião, as professoras Girlene Bacelar e Nazaré Xavier (coordenadora do projeto na E. E. José de Ribamar Pestana), agradeceram a visita do Ministério Pública e falaram sobre a importância de o educandário estar recebendo um projeto que visa repassar a mensagem de que é errado cometer atos corruptivos, ainda que sejam considerados “inofensivos”.

“Nos organizamos com muito entusiasmo para receber o MP e estamos absolutamente convencidos da importância desse projeto. Nossos alunos estão envolvidos e temos certeza que vamos colher belos frutos desse projeto. Agradecemos pela oportunidade de desenvolvermos essa temática de forma contínua na nossa escola”, disse a professora Girlene.

A escola atende 1000 alunos dos ensinos Fundamental, Médio e Educação de Jovens e Adultos (EJA) e funciona nos três turnos, acolhendo estudantes dos bairros Nova Brasília, Provedor I e II, Remédio I e II e Monte das Oliveiras. Aproveitando a presença do MP-AP, a professora Nuna de Cássia denunciou o enfraquecimento da modalidade EJA no município. “Um verdadeiro desmonte” manifestou.

E.E. Daniel de Carvalho

À tarde, na E.E. Daniel de Carvalho, instituição de ensino que atende milhares de alunos que residem nas 18 comunidades em seu entorno, entre elas o Abacate da Pedreira, Lontra da Pedreira e Santo Antônio da Pedreira, a comitiva do MP-AP foi bem recebida pela diretora, professores e centenas de estudantes.

O PGJ foi à escola acompanhado de servidores do MP-AP que se engajaram na rede colaborativa para a disseminação do projeto. Na comitiva estiveram presentes assessores técnicos, jurídicos, do departamento de tecnologia e LAB. Eles dialogaram com os estudantes e incentivaram a reflexão sobre as consequências da corrupção.

A diretora da escola, Cida Miranda, também mencionou sobre a importância da visita do MP-AP e aproveitou para falar aos seus alunos para escutarem com atenção os palestrantes, para que possam absorver o máximo de conhecimento, para não praticarem atividades que envolvam a corrupção. Na ocasião, os estudantes apresentaram três paródias musicais e charges sobre o tema.

“Nossa escola fará 70 anos em agosto e com uma bela história. Nós também abraçaremos essa ideia e disseminaremos a prevenção e combate à corrupção, tanto em nossos alunos, quanto em nossas famílias e demais círculos sociais”, comentou a diretora.

Durante o evento, foi exibido um vídeo intitulado “A fábula da corrupção”, que depois foi comentado pela assessora jurídica do MP-AP, Ivana Contente. Ela usou exemplos contidos no curta-metragem para abordar causas de maus atos, falou sobre honestidade e como bem proceder.

O PGJ explanou sobre os efeitos negativos que a corrupção gera na sociedade. Márcio Alves contextualizou com bons exemplos de honestidade, como ele mesmo e demais membros do MP-AP, que venceram na vida pelos estudos, trabalho e honestidade.

“A corrupção começa nos pequenos atos. Quem aqui já colou na prova?”, provocou o PGJ. “Sempre faço essa pergunta e a reposta é bem parecida. Sim, todos nós já colamos, mas de que adianta passar de ano assim? Quero apenas trazer o tema para a nossa realidade e mostrar que devemos mudar nossas hábitos e costumes. Estamos falando de ética e de um novo país que pode nascer, a partir de uma geração totalmente avessa à corrupção, seja ela praticada em pequena ou grande escala”, ressaltou o PGJ.

Demais ações do projeto

Após a programação especial de lançamento, que já foi realizada em oito escolas, haverá oficina de formação teórico-metodológica em gestores, técnicos e professores. O objetivo é instrumentalizar esses profissionais sobre os conceitos e temas relativos à prevenção da corrupção (cultura, sociabilidade, valores, ética e cidadania), visando a introdução dessas temáticas nos componentes curriculares ministrados por eles.

Na sequência haverá rodas de conversas com os alunos, utilizando os “Círculos de Diálogos”, uma metodologia de Justiça Restaurativa; oficinas de produção audiovisual e, por fim, uma mostra do material produzido, com premiação das escolas vencedoras.

SERVIÇO:

Elton Tavares, Ana Girlene e Sávio Leite.
Assessoria de Comunicação do Ministério Público do Amapá
Contato: (96) 3198-1616
E-mail: [email protected]

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