Mulher grafiteira, sim! Campis fala da sua arte urbana

Foto: Reprodução/Instagram.

Por Paula Monteiro

Gabriela Campelo, 24 anos, mais conhecida como “Campis” é uma daquelas artistas que tem um trabalho que dá gosto de ver. A grafiteira colore muros, residências e prédios com cores vibrantes e ondas caprichosamente desenhadas, sua marca registrada.

Campis mora no bairro Novo Buritizal, Zona Norte de Macapá. Nascida no Pará, conheceu a arte urbana durante um mutirão de grafite na escola em que estudava, em 2013. “Eu já fazia parte do movimento hip-hop no elemento break, e foi a partir daí que o grafite começou a fazer parte da minha vida”, conta.

Campis é mulher e grafiteira, sente por vezes os olhares tortos carregados de preconceito. “Sinto nos olhares, no jeito de falar, muitas pessoas já foram bem arrogantes comigo. Já aconteceu de eu ser a única mina no rolê de grafite e um indivíduo quis me “ensinar” sobre algo que nem havia perguntado”, disse.

Foto: Reprodução/Instagram.

Ela grafita há 7 anos e sua marca registrada são os traços com muitas linhas e movimento. “Definem minha vivência na rua e também vejo muito como a fórmula da vida, de como ela está em constante movimento, tanto na rua quanto na vida de cada pessoa”, explica.

Continua: “A persona que eu desenho se chama Marella. Ela tem somente um olho, não, não é o olho que tudo vê (risos), mas eu vejo por esse lado de ter um olhar diferente sobre tudo que acontece ao nosso redor, sobre se concentrar e prestar atenção nos mínimos detalhes”, conta.

“Me achei no grafite e isso significa muito pra mim porque ali posso expressar tudo que sinto. Quando tô pintando na rua, consigo sentir a leveza sob meu corpo, a minha bateria fica 100% e por mais que eu fique cansada depois, eu me sinto satisfeita por ter feito mais uma tatuagem na cidade”, finaliza.

Fonte: Portal Égua, mano!

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