Mulheres de comunidades quilombolas participam de capacitação sobre mortalidade materna

Mulheres e líderes comunitárias das comunidades do quilombo do Curiaú, Tessalônica e do Carmo do Maruanum participaram de capacitação, com o tema Abordando sobre a mortalidade entre comunidades quilombolas do Amapá. A formação, que ocorreu na manhã desta quinta-feira, 24, no salão paroquial da igreja São Benedito, é uma realização do Instituto de Mulheres Negras do Amapá (Imena), em parceria com a Associação Cultural de Mulheres Negras do Estado do Rio Grande do Sul (Acmun), com o apoio da Prefeitura de Macapá.

“É fundamental a nossa participação, pois conseguimos mostrar para as comunidades que o Município, de alguma forma, trabalha a questão da mortalidade materna. Então reunimos os segmentos, olhamos os dados e tentamos trabalhar em cima daquelas causas para serem evitadas”, ressaltou a coordenadora municipal de Saúde das Mulheres, Poliana Valadão.

A capacitação, que também contou com o apoio institucional do Fundo para Equidade Racial – Baobá, teve como objetivo qualificar trabalhadores da saúde e ativistas do movimento social por meio da realização de oficinas que possibilitem, de maneira dinâmica, envolver todos sobre a importância do cuidado no período de gestação e puerpério em relação à mortalidade materna, que atinge de maneira desigual a população negra, em especial as mulheres negras.

“Sabemos que a Região Norte há uma frequência muito grande sobre a mortalidade das mulheres no pós-parto. Aqui somos de três comunidades e cada representante traz as suas dificuldades. A partir daí, iremos descobrir o porquê desse alto índice de mortalidade materna nas comunidades quilombolas da nossa região e de Macapá”, disse a presidente da Associação de Mulheres Mãe Venina do Curiaú, Isis Tatiane dos Santos.

A realização desse projeto contribuirá no avanço das políticas públicas, na identificação precoce e tratamento apropriado para as mulheres grávidas, aumentando o acesso e qualificando os serviços para as mulheres que vivem nas comunidades quilombolas, reduzindo assim o número de mortalidade materna nas mulheres residentes no Norte do país. “Pois esses casos são evitáveis, por isso estamos aqui trocando informações sobre hipertensão, falta de acesso, assistência adequada, pré-natal adequado, diabetes e outras doenças que podem complicar na hora do parto”, ressaltou a psicóloga da Acmun, Simone Cruz.

Cliver Campos
Assessor de comunicação/Improir
Contatos: 98126 0880

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