“Não foi mero fenômeno natural, os responsáveis devem ser punidos”, disse Randolfe Rodrigues

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“Foi tudo muito rápido, um terror. Perdemos colchões, geladeira e outras coisas”, foi o que relatou Daeli Leite, que mora na avenida Piauí, próximo a orla da cidade de Ferreira Gomes, onde ocorreu na última quinta-feira (07) uma enchente de grandes proporções que deixou mais de mil pessoas fora das suas casas, muitas delas perderam tudo que tinha. O senador Randolfe Rodrigues (PSOL-AP) e o deputado estadual (PSOL-AP) Paulo Lemos estiveram na cidade ontem (08) levando mantimentos as vítimas e tomando algumas providências.

Pelos relatos que ouvimos as informações colhidas fica claro que não foi um mero fenômeno natural, os fatos devem ser apurados e o culpados punidos”, disse o senador. De acordo com as informações passadas por populares e pela Prefeitura de Ferreira Gomes, a enchente teria sido provocada pelo rompimento de DSC_0382-300x199uma ensecadeira da Usina Hidrelétrica Cachoeira Caldeirão, que provocou a necessidade da abertura das comportas das UHE Coaracy Nunes e Ferreira Gomes Energia, ação não teria sido comunicada e a cidade teria sido pega de surpresa.

No mesmo momento que tomou conhecimento do ocorrido, Randolfe entrou em contato com o prefeito do município Elcias Borges e fez um pronunciamento na tribuna do Senado Federal solicitando o apoio do Ministério da Integração, agora Randolfe e o deputado Paulo Lemos protocolizarão uma representação no Ministério Público Federal contra as hidrelétricas solicitando indenização aos moradores e ao município.

Ferreira Gomes nunca mais será a mesma. Nós precisamos garantir que o povo seja ressarcido deste desastre”, afirmou o deputado. Segundo o Corpo de Bombeiros o rio Araguari subiu mais de quatro metros. “Socorrer e dar assistências aos atingidos foi o primeiro passo, agora temos que apurar e punir os responsáveis. É inadmissível que algo dessa natureza venha a se repetir”, completou Randolfe.

O último relatório divulgadoDSC_0411-300x199 pela Defesa Civil aponta cerca de 1400 pessoas foram atingidas, 227 delas estão desabrigadas. As famílias estão alojadas na Creche Municipal Sara Salomão e nas Escolas Municipais João freire e Pastor Jaci Torquato. Segundo a coordenadora de um dos abrigos Shirley Ferreira contou que ainda são necessárias doações de colchões, comidas e água. “Eu também perdi tudo que eu tinha, estamos passando momentos muito difíceis”, explicou. As doações podem ser feitas direto na Prefeitura de Ferreira Gomes ou na sede do Corpo de Bombeiros em Macapá.

Carla Ferreira
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