‘Não importa onde, a poesia está em todo lugar’, diz poeta andarilho em sarau no AP

Poeta paraense Juraci Siqueira tem mais de 80 livros publicados (Foto: Carlos Alberto Jr/G1)

Por Carlos Alberto Jr.

Não importa onde, a poesia está em todo lugar. Esse é uma afirmação que uso em todos os lugares que passo e cada localidade há uma história diferente a ser contada” disse o professor e poeta andarilho paraense Juraci Siqueira, durante um sarau na tarde deste sábado (28), na Biblioteca Pública Elcy Lacerda, em Macapá.

Siqueira, ou “o boto”, como é conhecido, tem 70 anos, sendo 43 deles dedicados aos versos e trovas. Ao longo das décadas escrevendo músicas e poesias, ele acumula mais de 80 livros publicados e mais de 200 prêmios conquistados.

O poeta é conhecido por andar em diversos lugares, com os punhos cheios de pequenos corações feitos de papel, com pequenos versos de sua autoria.

“São poucas palavras, mas elas podem mudar algo, causar uma reação, mesmo que seja uma risada ou sorriso de canto de boca. O que importa é fazer alguma diferença”, contou.

Versatilidade é uma das marcas dos versos de Siqueira. De acordo com o mesmo, isso está diretamente ligado com suas vivências e trocas de experiências. Por exemplo, o poeta também trabalhou como açougueiro e o trabalho pesado, junto a convivência com os clientes, foi inspiração para poemas como “Ossos do Ofício”.

O poema foi fruto do sofrimento da população com as altas infrações no início dos anos 90. Siqueira contou que era comum clientes não terem dinheiro suficiente para comprar carne, item comum nas refeições do dia a dia.

Assim como os versos, outro laço muito forte com a formação do poeta é o Amapá, estado no qual viveu por anos e, inclusive, tem filhos amapaenses. Siqueira conta que se sente parte amapaense.

Sarau cultural contou com intervenção de dança do ventre (Foto: Carlos Alberto Jr/G1)

“Morei muitos anos aqui e tenho dois filhos amapaenses, então parte de mim também se sente em casa quando estou aqui”, ressaltou.

Siqueria foi um dos convidados de um sarau, que reuniu música, poesia, dança e foi encerrado com a sessão de um filme nacional no Clube de Cinema.

Parte da programação aconteceu na parte externa da biblioteca, justamente para chamar a atenção e convidar o público a apreciar a programação.

Fonte: G1 Amapá

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