No AP, 17 obras de arte em exposição mostram Amazônia surreal

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Por Paula Monteiro

A exposição de artes ‘Anacronismos’ revela uma Amazônia surreal por meio de obras 17 obras de 45 acadêmicos do curso de Artes Visuais da Universidade Federal do Amapá (Unifap). A mostra acontece no bloco de Artes no campus da universidade em Macapá, que fica na Rodovia Juscelino Kubitscheck, até 20 de novembro, de 14h às 17h30.

A exposição conta com trabalhos de fotografias, pinturas, instalações, entre outras intervenções. O professor do curso de Artes Visuais, Joaquim Netto, responsável pela atividade, disse que a exposição tem uma proposta pedagógica da disciplina ‘Sociedade, Cultura e Arte’, onde foi proposto aos acadêmicos refletir sobre as obras de artes como produção dentro de um contexto social que está influenciado pela cultura.

“Os alunos quiseram mostrar que mesmo estando no contemporâneo existem elementos do moderno, entre outros períodos da história da arte, que acabam sendo reformulados e atualizados dentro da linguagem artística contemporânea com materiais e linguagens diversos”, explicou.

O acadêmico Daylan Picanço, de 19 anos, escolheu a Amazônia e a relação do homem com a natureza de forma surreal. A obra ‘Biofilia’ foi materializada em fotografia, feita em uma área próxima ao município de Santana, distante 17 quilômetros da capital.

“A minha obra fala sobre a conexão da natureza e o ser humano, que nós sempre iremos ter, onde um precisa do outro, apesar de utilizarmos a Amazônia com fins capitalistas na maioria das vezes. A nossa inspiração foi o modernismo, juntei o surrealismo com os meus conceitos deixando a obra com uma perspectiva sagrada”, explicou.

A acadêmica Ingrith Souza, de 19 anos, e seus colegas Anne Mayara e Igor Azevedo, quiseram retratar a miscigenação do povo amazônico e suas diferentes culturas inspiradas na pintora e desenhista brasileira Tarsila do Amaral, com o ‘Retrato Amazônico’.

“Nós nos inspiramos na obra ‘Operários’ e recriamos rostos de pessoas com traços de quem é da Amazônia, além de deixar um espaço no trabalho para que o visitante encaixe o seu próprio rosto e se sinta parte da obra e da Amazônia”, disse.

O acadêmico de psicologia, Gabriel Cordeiro, de 18 anos, visitou a exposição e ficou muito surpreso com a qualidade e proposta dos trabalhos.

“Achei muito legal. Eles usaram diversos estilos de adaptação do modernismo por meio de trabalhos variados, gostei muito”, disse.

Fonte: G1 Amapá

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