No AP, bar de rock inova ao servir hambúrguer com jambu e tucupi

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Por Jorge Abreu

Um sanduíche produzido com jambu, tucupi e queijo regional, ingredientes típicos da Amazônia, chama atenção de quem busca lanches, música e cerveja num bar de rock, localizado na Zona Sul de Macapá. Há três meses no menu do estabelecimento, o hambúrguer batizado de X-Tucuju é vendido no valor de R$ 12.

O jambu é uma erva típica da região Norte. As folhas têm um sabor forte e provocam leve dormência na boca. Já o tucupi é um caldo amarelado extraído da raiz da mandioca quando descascada ou ralada. De sabor cítrico, o tucupi é considerado a base da culinária indígena.

A combinação de jambu e tucupi é comum em pratos típicos como o tacacá, pato no tucupi e outros, mas em um sanduíche chama a atenção.

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De acordo com o proprietário do bar, o músico Tássio Callins, de 33 anos, o sanduíche é o mais vendido desde o lançamento, com cerca de 60 a 80 unidades por final de semana. Ele conta que quando começou a trabalhar com lanches quis inovar com uma opção que fosse “a cara do amapaense”.

“Nós já vendíamos a cachaça de jambu, que é algo diferente, mas estávamos atrás de mais ideias novas. Quando começamos a trabalhar com preparação de comidas, decidimos fazer um sanduíche diferente de outros estabelecimentos e veio a ideia de incluir um ingrediente que é a cara do amapaense e de gosto bom, o jambu”, ressaltou Callins.

O X-Tucuju é composto de carne artesanal, queijo da região, castanha do Brasil ralada e jambu cozido com tucupi. O lanche é servido com uma dose de tucupi e, segundo os donos do bar de rock, é ideal para ser apreciado com cerveja.

O jambu é refogado por 30 minutos no tucupi. A carne de hambúrguer é assada na chapa e o queijo é aquecido. Durante a montagem do sanduíche, cada elemento é colocado com a castanha ralada em cima.

A empresária Caroline Nascimento, de 31 anos, namorada de Tássio e sócia no bar, foi a primeira a experimentar o sanduíche, que foi batizado de “X-Tucuju”. Para ela, o tucupi e o jambu dão um sabor especial e por isso o casal resolveu apostar na ideia.

“Nós servimos uma vez o X-Tucuju sem avisar para uns amigos que sempre frequentaram o bar. O sanduíche foi divido em quatro pedaços e após terminarem, cada um pediu o lanche inteiro. Foi quando percebemos, que além de mim, outras pessoas aprovavam a ideia”, comemorou Caroline.

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Além do X-Tucuju, outro prato chama atenção da clientela, o sanduíche chamado “X-Frescura”. Segundo Callins, o nome surgiu em meio a uma brincadeira de amigos devido a ausência do carne, que é substituída por abacaxi.

“Tentamos agradar todos os gostos. Quem não quiser experimentar o X-Tucuju, por não gostar dos sabores fortes do jambu e do tucupi, pode pedir outros lanches como X-búrguer, X-calabresa ou X-Bacon. E para quem não gosta de carne vermelha, criamos o X-Frescura, um apelido carinhoso que tiramos de uma brincadeira de um amigo que não aprova a substituição de ingredientes”, explicou Callins.

Fonte: G1 Amapá

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