Noite legal, apesar do público

                                                           Por Elton Tavares
Vila Vintém, Beatle George e Autoramas. Muito legal! – Fotos: Gustavo Mont’Alverne
Certas coisas são engraçadas, as pessoas reclamam da mesmice, da falta de opção e shows em Macapá, mas quando os artistas bons se apresentam na capital amapaense, o público não prestigia. Ontem (14) por exemplo, eu e alguns amigos fomos ao show da banda Autoramas, realizado na Choperia da Lagoa, que foi muito legal. Mas onde estava o público rocker da cidade?

Tá bom, tinham mais dois eventos para o segmento, mas e daí? Não diminuindo a qualidade do Rock Fest ou da rocada realizada no clube Oratório, mas acho que precisamos prestigiar atrações nacionais (se tiverem qualidade, claro). Fora bandas de pagode, calipsos, calcinhas vermelhas e afins (risos). Estes vocês DEVEM deixar de ir.

A noite foi firme, lugar, as apresentações das bandas amapaenses Vila Vintém e Beatle George foram empolgantes e show da Autoramas foi duca. Ah, e o preço da entrada foi muito bom para a estrutura e atrações, 10 paus meia e vinte reco inteira. Tudo muito paidégua!

Se o público não prestigiar, os produtores e empresários não trarão mais shows legais, afinal, é um negócio. No âmbito rock and roll, nossa cidade já está “longe demais das capitais”. Pensem nisso.

                                                                                          

  • Bem, eu não gosto de autoramas, nem de vila vintem e tive péssimas experiências com a beatle george. Mas, faz muito tempo que o meu objetivo de sair de casa é ouvir boa música(isso eu tenho em casa). Entre as três opções de ontem, eu iria na choperia e não é só pela estrutura, mas estou cansado de ir nos mesmos lugares daqui.

  • foi tudo muito legal, tudo muito bacana!!…o palco estava muito bonito..as bandas se empenharam pra fazer valer o espaço e o som de ótima qualidade…mas a noite podia ter ficado sem a música do bacalhau…isso ta martelando até agora na minha cabeça!! realmente não precisava!!

  • É disso que falamos Elton, o circuito cultural free é bom, mais se o povo não for instruido fica mal acostumado. Quem perde com isso? todos, os promoters, o publico, as casas de shows, as empresas que não acreditam mais na rentabilidade da cena, enfim, são muitas perdas. Em Macapá, quando se fala em pagar ingresso a galera corre, e isso é muito negativo. Fora, como em Sp, Rj e BSB os shows chegam a bagatela de 30 ou 40 conto, com estrutura impecavel de som e atendimento, cerveja gelada, ou seja, lugar respeitavel pra curtir e tbm te dar subsidios pra reclamar do serviço, de graça rola aquela velha frase; Mermão já é de graça, o que tu quer mais? pensem.

  • Eu sou ruim de assistir TV, nem posso dizer que foi pouco ou nem um pouco divulgado. Mas soube no dia seguinte e fiquei só no lamento….e agora faço minhas as palavras do Elton: “precisamos atrações nacionais (se tiverem qualidade, claro). Fora bandas de pagode, calipsos, calcinhas vermelhas e afins (risos).
    Viva o rock nacional!!

    “Nossa cidade é tão pequena e tão ingenua. E estamos longe demais das capitais” H. Gensinguer

  • Concordo contigo, também fico p. da vida quando acontece coisas como um show bacana desses e a galera não aparece, também fico temeroso com a desistência dos produtores, contudo, acredito que outro fator contribui, a divulgação limitada, nesse caso especifico, a única TV que noticiou foi a MTV, que como sabemos nem é captada em toda a cidade, tem os blogs, que como este ou como o do coletivo palafita entre outros fazem um serviço muito bom na divulgação do movimento cultural de Macapá, mas que apesar do esforço são poucos e que pelo caráter alternativo, não “pop”, acabam absorvendo apenas gente interessada nesse movimento de cultura da cidade, e sem falar na internet que temos (ou melhor, não temos) em Macapá.
    Um show como do Autoramas é pra todo tipo de gente que queira se divertir, não apenas para os amantes dos piseiros. Eu mesmo convidei algumas pessoas que nunca tinham ouvido falar na banda, mas cutiram a beça a noite, gente que nunca visitou o eu sou do norte ou o de rocha e que não assiste MTV, mas que merece saber das baladas (urg!) diferentes da cidade.
    Eu acho.

  • Em Manaus, também não temos tantos shows dignos de me fazer sair de casa. A realidade de vocês não está tão distante da nossa. A diferença é que, como somos a tal “capital verde”, eles estão começando a olhar para nós com mais frequencia.
    Abraços, fío!

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