Nota do Movimento de Ocupação do Prédio da Reitoria da Universidade Federal do Amapá.

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Nesta quarta-feira, 27 de janeiro de 2016, o Movimento Estudantil Organizado completa 24 horas de ocupação no prédio da Reitoria da Universidade Federal do Amapá. Desde o primeiro momento, a reitora tentou aplicar manobras nos estudantes. Ainda na tarde do dia 26/01, Eliane Superti, pediu uma reunião às 15h, pois alegou que estava de viagem marcada na tarde desta quarta –feira, 27. Tudo para ludibriar a todos, com um discurso cheio de promessas que nunca serão efetivadas.

Para que a sociedade compreenda, nossa ocupação tem o objetivo de exigir o cumprimento de acordos já feitos com a comunidade acadêmica. Neles, a Reitora afirma, por exemplo, que em relação ao péssimo serviço prestado pela empresa Primo José, nunca recebeu quaisquer documentos oficiais. Há um equívoco: a própria Reitora participou de inúmeras reuniões com as entidades representativas da comunidade acadêmica para debater o problema do Restaurante Universitário.

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A ocupação recebeu o apoio de professores, alunos e da sociedade em geral. Afinal de contas, todos sabem que, por mais que se argumente que o estado de abandono da UNIFAP é consequência da crise, sabemos que milhões de reais estão correndo no processo que continua se refletindo em pouca estrutura de salas de aula e laboratórios; a comida servida no RU não tem o mínimo padrão de qualidade; sem falar no fechamento de cursos como o Bacharelado em História e Secretariado Executivo. Para piorar a situação, não há fornecimento de água no campus (o que provocou vários dias sem serviços no RU) e diversas irregularidades que envolvem a administração desta universidade. Por isso, a ocupação é o primeiro passo para levarmos o problemas às vias judiciais. Para tanto, já estamos colhendo assinaturas, que serão encaminhadas ao ministério publico federal para que tome as providencias legais cabíveis.

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Vale ressaltar que apesar da adesão da comunidade acadêmica e do engajamento da sociedade civil, não deixamos de ser alvo de ameaças por parte da Reitora. Em sua mais recente declaração, ela garantiu que, se necessário for, recorrerá à repressão policial para desalojar os estudantes das dependências da Reitoria.

Esclarecemos à Reitora, à comunidade Acadêmica e à sociedade civil que jamais aceitaremos ameaças veladas à nossa liberdade de expressão. Lembramos ainda que somos os primeiros a preservar o patrimônio da UNIFAP que, afinal, é o templo do conhecimento. A Reitora alega que por se tratar de um espaço publico, teria autorizado a entrada da Polícia Militar no Campus. Quanto a isso, consideramos apenas um equívoco e, se colocado em prática, seria um ato que nos remete à Ditadura Militar.

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Portanto, temos uma pauta de reinvindicações concretas. E nada do que aconteça aos ocupantes do espaço vai mudar o fato de que esta administração precisa prestar contas de tudo o que vem fazendo no último período. Atos dessa natureza não estão fora da ‘modus operandi’ desta administração. Na última greve dos técnicos, a mesma Reitora havia dito que não tomaria medidas quanto ao fechamento dos portões, enquanto nos bastidores movia um processo administrativo contra os manifestantes.

Deste modo, a Reitoria é responsável por tudo o que acontecer no espaço durante este período, pois sua falta de compromisso com o que está previsto nos prazos do plano de obras espiraram ano passado. Esse atraso culminou em diversos transtornos, para não dizer que, no mínimo é uma falta de responsabilidade com dinheiro público. Agora, esta mesma administração tenta improvisar um depósito para o curso de Fisioterapia em um local que historicamente foi uma lanchonete. O poder repressivo desta administração chegou ao ponto de tentar humilhar e expulsar um trabalhador que está atendendo a comunidade universitária há 21 anos.

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Neste dia 27/01, a declaração feita pela Reitora Eliane Superti foi assistida por toda a sociedade através de uma emissora de TV. faltou com a verdade ao declarar que “nada sabia a respeito das reclamações da má qualidade da comida servida no Restaurante Universitário”. Pois desde o ultimo período, pichações nos corredores, postagens nas redes sociais e reuniões acessadas pela própria administração falam do que vem acontecendo.

O movimento de ocupação está presente e não irá se deixar levar por um discurso leviano de uma senhora de engenho para índios e escravos sem senso crítico. Cobramos medidas das instituições como Mistério Público e Tribunal de Contas da União, assim como a adesão e contribuição de toda a comunidade acadêmica, movimentos organizados e sociedade em geral.

Fotos: Mídia NINJA

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