Ocupando quase um terço do litoral do Amapá, a nova rota da pororoca identificada e mapeada por pesquisadores e esportistas, poderá impulsionar o desenvolvimento econômico e turístico do litoral do estado, beneficiando comunidades ribeirinhas.
Com ondas de pequena a grande intensidade, as novas pororocas começaram a ser descobertas em 2015, a partir do fim da onda gigante da foz do rio Araguari, dois anos antes, conhecida como a mais longa do planeta em duração.
Após uma expedição de 10 dias pela costa do estado feita por órgãos governamentais, de segurança, especialistas e surfistas, novas áreas, ainda mais isoladas a Leste do estado, chamaram a atenção, entre elas, a da Vila do Sucuriju, no município de Amapá, que tem ondas de 5 metros.
O secretário de estado do Meio Ambiente, Marcelo Creão, destacou que as comunidades atingidas pelo fenômeno em municípios costeiros, como Ferreira Gomes, Amapá e Tartarugalzinho, podem ser beneficiadas com incentivo ao turismo atraindo visitantes de todo o país.
“Temos muitas fotos, muitas imagens, muitos aspectos de periculosidade em locais que possam ter uma exploração turística ou ecoturística da pororoca, até por famílias. Pois as formas de entrada e saída das pororocas estão dominadas pelas comunidades”, apontou Creão.
Para acelerar o processo de incentivo à rota, o secretário defende a implantação do Comitê da Bacia do rio Araguari, que vai gerir mais de 150 comunidades riberinhas na região. O comitê teria o acesso facilitado de recursos financeiros necessários para aplicar na área.
O surfista Jim Daves, da Associação de Surf e Standup do Amapá (Assuap), detalhou que as novas ondas acontecem com intensidade em uma área iniciando na Estação Ecológica Maracá-Jipioca, em Amapá, seguindo até as proximidades do Arquipélago do Bailique, em Macapá.
Fonte: G1 Amapá