O modismo boêmio de Macapá

                                                                                                       Por Elton Tavares

Eu estava pensando com os meus botões sobre o que escrever, a Dan me deu a idéia de descrever o modismo noturno de Macapá. Sim, sou do tempo que os jovens “charlavam” andando a pé ou de carro na frente do antigo Novotel, hoje Macapá Hotel. Como sou nostálgico, me parece que aquele tempo que era bom.

Todos iam para a então Praça Zagury, nossa atual Beira Rio, uma cocotagem só (risos). Na época, ia todo mundo para o mesmo lugar por pura falta de opção, mas hoje em dia, a população cresceu, mas todos, ou a maioria, ainda praticam o tal modismo boêmio. Quando abre um novo “lounge”, “pub” ou qualquer nome fresquinho para boteco de luxo, vai todo mundo para lá.

Não importa o preço ou se está cheio de pavões com seus narizes empinados e suas roupas de marca. Não importa se o figura come ovo de dia (nada contra, adoro um “bife do olhão”), mas de noite, está com sua garrafa de Red Label (ou Ice, como queiram) no barzinho da moda, boite então, nem se fala. Não importa se o atendimento é péssimo, o que eles querem é bater foto para coluna social ou site de patetas na festa.

Às vezes, vou nestes lugares, não para “charlar” e sim para agradar um amigo ou alguém que gosto, que quer muito tomar uma long neck de R$ 4,00 e ouvir “pop rock” (odeio este termo controverso, é como “guerra santa”, é geralmente usado para rotular bandas como Jota Quest, NX0, CPM22, enfim, música fuleira).

Entre os locais que me refiro estão a Mipiza, Oficina, Zázzas ou Portau (é com “u” mesmo). Nestes recintos, a cerveja, ou qualquer outra bebida, é cara, o atendimento é horrível, as mesas são insuficientes para a massa (de Maria-vai-com-as-outras) que prestigia a tal sucursal do inferno, que está sempre lotada.

É sempre o mesmo papo: “Ei, abriu um bar paidégua, bonito e refrigerado (que sempre fica um calorzão lotado), vamos lá asilar as gatinhas”. Puta merda! Alguns podem me chamar de retrógrado, chato, ou algo assim, ledo engano. Não sou contra as mudanças, se forem para a melhor, tudo bem, mas não é o caso.

Prefiro meus botecos rotineiros, Bar do Francês e Norte das Águas, onde tem música e gente legal, onde o papo não é sobre o cargo do fulano ou o carro que ele anda.

O boteco que tem cerva gelada, um bom rock ou samba tocando é muito melhor que os tais lounges ou pubs, se estivermos com os amigos então, é festa. Isso é o que acho e ponto. Se você é um “baladeiro” modista e é feliz assim, sorte sua (risos). Amo minha cidade, mas que tem dessas coisas isso tem. Talvez aconteça em todo lugar, mas moro aqui e só falo do que sei.


  • Bar ou boite pra mim tem que ter conforto, e isso inclui, no caso dos bares, pelo menos uma mesa pra sentar sem o perigo de cair da calçada com a cabeça no carro de alguem(tem um “point” assim aqui – será que é Zázzas? rsrsr…), e, no caso de boate, pelo menos a possibilidade de se mecher sem se sentir numa lata de sardinha. Já passei a muito tempo da fazer pre-adolestente de ir porque o povo vai, e mesmo nesta faze, esses pré requisitos de conforto eram mantido.

    Modismo deste tipo é simplismente falta de opinião!

  • kkkkkkkk….. é isso ae… em fim “o cara” q não se reprime… concordo cm vc e digo mais, esse modismo cotidiano naum é soh aí meu querido, essa praga tb atinge os grandes centros…bem não vo falar “dos”, mas d um, Curitiba, sim é a mas pura verdade….. rsrrsss….
    oh vida cruel!!! aff

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