Oficina traz a Caravana Crítica do Cinema Amazônico – Via @reportercrivel

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O projeto exibirá uma cópia inédita de um famoso documentário longa-metragem do cineasta Silvino Santos e promoverá uma oficina de crítica audiovisual gratuita

A Caravana Crítica do Cinema Amazônico chega a Macapá com atividades gratuitas nos dias 14 e 15 de janeiro de 2016. No primeiro dia (14) será realizada a oficina Crítica do Audiovisual no auditório do Centro Cultural Franco Amapaense, avenida General Gurjão, 32, Centro, das 9h às 18h. No dia 15, o projeto promove no mesmo local a estreia de uma versão digitalizada do longa-metragem documental No rastro do Eldorado (1925), do cineasta Silvino Santos (1886-1970) incluindo os intertítulos de época considerados perdidos há mais de 50 anos. Esta sessão terá início às 14h, acompanhada de palestra e debate com o público.download (8)

O projeto é aberto à participação de todos interessados. As dúvidas poderão ser tiradas por meio do e-mail caravanacrí[email protected]. A iniciativa conta com patrocínio do edital Amazônia Cultural do Ministério da Cultura, com apoio do Governo do Estado do Amapá, e ao final passará por todas as sete capitais da região amazônica.

cinemaamO Caravana Crítica do Cinema Amazônico é uma proposta do pesquisador amazonense Sávio Stoco, divulgando os resultados da sua pesquisa de dissertação de mestrado realizada na Unicamp. Atualmente ele continua seus estudos sobre o mesmo cineasta e a tradição cultural amazônica no curso de doutorado do Programa de Pós-graduação Meios e Processos Audiovisuais da USP.

Carregadoras-de-aguaA oficina Crítica do Audiovisual focará a importância de compreendermos e incluirmos os filmes locais no debate de um ponto de vista amplo. Para isso, a formação diversificada e não-necessariamente especializada em audiovisual do crítico pode render bons frutos nas análises. Não é raro também que realizadores audiovisuais se envolvam com a atividade de refletir sobre os filmes. Muitas vezes, como acontece em Manaus, exemplo que conheço mais de perto, estas produções ainda não foram vistas como importantes documentos para os estudos sociais e pouco se escreveu e analisou sobre as obras de diversas épocas e seus contextos”, disse o pesquisador que integra o Núcleo de Antropologia Visual da Universidade Federal do Amazonas – NAVI/UFAM.

no_rastro_do_eldoradoJá o filme No Rastro do Eldorado é um título de certa forma conhecido do público interessado na história do cinema da região, mas que não havia um estudo mais alongado. Aprofundar questões e análises sobre este filme foi um dos objetivos do trabalho de Stoco em sua dissertação. A obra registra uma famosa expedição científica liderada pelo médico e geógrafo norte-americano Alexander Hamilton Rice saindo de Manaus e indo em direção ao rio Uraricuera, atual Roraima. “De um lado desta narrativa temos o líder e seus técnicos estrangeiros bem enquadrados pelo cinema de Silvino Santos que residia há anos em Manaus e já estava empregado pela firma J. download (9)G Araújo. Em contraposição, fica claro o desejo de encenação do encontro “selvagem” com o índio amazônico e também o ocultamento de outros habitantes que iam encontrando no percurso rumo ao objetivo principal da viagem. Essas considerações nos ajudam a entendermos melhor as intenções da narrativa e, por conseguinte de seus produtores”, avalia o pesquisador.

Serviço:

Projeto Caravana Crítica do Cinema Amazônico / Macapá
Local: Auditório do Centro Cultural Franco Amapaense, avenida General Gurjão, 32, Centro.
Oficina Crítica do Audiovisual (14/01/2016) – 09h às 18h
Projeção de No Rastro do Eldorado (1925), de Silvino Santos, com palestra e debate (15/01/2016), 14h às 18h
Acesso gratuito – público em geral
Contato e dúvidas: [email protected], (11) 98105-0572

Fonte: Repórter Crível

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