Sou fã de muitos músicos e compositores, brasileiros e gringos. Mas o maior é Chico Buarque, principal ícone da Música Popular Brasileira (MPB). O cara é cantor, compositor, escritor e dramaturgo. Hoje o grande expoente da musicalidade nacional completa 75 anos de vida. E que vida!
Francisco Buarque de Hollanda nasceu no Rio de Janeiro em 19 de junho de 1944. Filho do historiador Sérgio Buarque de Holanda, iniciou sua carreira na década de 1960, destacando-se em 1966, quando venceu, com a canção A Banda, o Festival de Música Popular Brasileira.
Em 1969, no auge dos “anos de chumbo” da Ditadura Militar no Brasil, se exilou na Itália (ITA) e tornou-se, ao voltar para o Brasil, um dos artistas mais ativos na crítica política e na luta pela democratização do Brasil. Na carreira literária, foi ganhador do Prêmio Jabuti, pelo livro Budapeste, lançado em 2004, além de ser torcedor confesso do Fluminense Football Clube (ninguém é perfeito).
Apesar de somente 40 anos vividos, Chico Buarque faz parte da minha história. Graças ao bom gosto musical da minha família paterna, cresci ouvindo a obra do gênio da MPB, para mim, ele é o verdadeiro Rei da Música Brasileira, muuuuito maior que o Roberto. Para mim, claro.
Adoro Vinícius de Moraes, Tom Jobim, Caetano, Gilberto Gil, Raul Seixas, Renato Russo e Cazuza. Também sou apaixonado pela obra de Bowie, Jagger, Curtis, Vox, Morrissey, entre outros gringos sensacionais, mas quem me conhece sabe: meu poeta soberano é Chico Buarque.
Quando o escuto, quase todos os dias, sinto saudade do tempo que ia todo sábado para casa da minha avó, tomar cervejas com meu falecido pai e meus tios. Nostálgico!
Chico Buarque musicou tudo que sentia, até pediu ao inventor da tristeza para ter a fineza de desinventar. Ele cantou a política, o carnaval, o amor e a boemia como poucos. E com a maestria do grande sambista. Ironizou os dramas e dramatizou o cotidiano. Pena que “aquela tal malandragem não existe mais”.
Completos idiotas o julgaram e o condenaram por sua opção política atual. Mesmo que fosse um cidadão comum, seria babaquice. Em relação ao velho Chico, é blasfêmia. Ele é bom de escutar até nos dias que a gente se sente como quem partiu ou morreu.
Muitos livros foram escritos sobre Chico Buarque. Li alguns deles. Sua obra é tão importante para a música brasileira que é difícil contabilizar o quanto ele foi e é fundamental para a nossa história. Vem aí um filme sobre o compositor, que certamente assistirei. Enfim, toda homenagem ao cara é pouco diante da sua magnitude.
Que o mais nobre dos Buarques viva mais 75 anos com essa magia que aquece nossos corações, aflora sentimentos bons, acorda o boêmio dentro de cada um de nós e alegra nossas vidas com a fantástica arte sonora.
Chico Buarque já me emocionou muitas vezes em mesas de bar, reuniões familiares e até em momentos de total solidão reflexiva. Ele é realmente PHoda! Ainda bem mesmo com mais de sete décadas, ele ainda nos brinda com sua genialidade. Ao velho Chico, minha total admiração, agradecimento e homenagens.
Saúde e longevidade ao malandro poeta, escritor, filósofo, palhaço, pirata, corisco, errante judeu, compositor, político, moleque, molambo, gênio e louco varrido.
Meus parabéns ao grande Chico Buarque!
Elton Tavares
*Ídolo da nova geração da MPB, Criolo fez uma versão de Cálice, do velho Chico Buarque, que me representa como fã do grnde artista. Assista:
1 Comentário para "Os 75 anos de Chico Buarque: aniversário do gênio da música brasileira (meus parabéns ao poeta)"
Fechou!!!
Disse tudo…nunca ninguém consegue definir totalmente
o Genial Chico …mas ficou sem reparos o texto…e uno a ele meu aplauso…se basta?
Nunca!