Por Rita Torrinha
A odontóloga Patrícia Ferraz é a candidata a deputada federal apontada pelo Ministério Público Federal (MPF) como um dos alvos da investigação deflagrada nesta quarta-feira (26), em Macapá. A ação conjunta com a Polícia Federal (PF) apura o uso de um projeto social para fins políticos. A suspeita é de que a entidade estava realizando atendimentos odontológicos gratuitos em troca de votos para a candidata.
Em nota publicada no Facebook, Patrícia, filiada ao Partido da República (PR) negou que o “Projeto Dentista Sem Fronteira” esteja sendo usado com cunho eleitoral. Disse que a iniciativa existe desde 2015 e que não houve cadastros com informações de eleitores.
“O Projeto Dentista sem Fronteira é um projeto social, sem cunho eleitoral, criado em 2015, que conta com a atuação de mais de 250 voluntários que levam amor, carinho e atenção à população carente. Nunca houve cadastro com informações de títulos eleitorais de pessoas beneficiadas com o projeto. Alem disso, Dentista sem Fronteira foi suspenso em respeito à lei eleitoral”, escreveu.
De acordo com a PF, os cadastros dos pacientes atendidos no projeto eram feitos pelo número do título de eleitor, zona e seções eleitorais. Também foi observado que o número de atendimentos odontológicos gratuitos subiu nos últimos meses, coincidentemente no mesmo período que iniciou a campanha eleitoral.
A candidata ainda afirmou que segue “tranquila” e finaliza a nota informando que “o corpo jurídico estará adotando, se necessário, as medidas cabíveis”.
Se comprovadas as suspeitas, a pena para esse tipo de crime pode chegar a quatro anos de prisão e o pagamento de cinco a quinze dias-multa. A PF cumpriu três mandados de busca e apreensão.
Fonte: G1 Amapá