Peixes-Bois e jacaré recebem atenção diferenciada na Fundação Bioparque da Amazônia

Dois peixes-bois e um jacaré-açu receberam abrigo no Bioparque da Amazônia após serem resgatados de situações de risco no ano passado. Os animais silvestres são monitorados 24 horas, seguindo uma rotina de cuidados dentro da unidade. De acordo com o diretor-presidente da Fundação, Marcelo Oliveira, o Bioparque precisa de uma autorização judicial para receber esses animais. Na unidade, eles passam por análise clínica, para que a estada seja a melhor possível.

Os trabalhos de manejo e proteção destes animais são promovidos em parceria com Instituto Mamirauá, que atua na amazônia brasileira com desenvolvimento sustentável.

“O Bioparque realiza a estabilização dos animais que chegaram debilitados. Eles são avaliados por uma equipe composta por técnicos e biólogos, veterinários do Instituto Mamirauá. O intuito é ambientá-los da melhor forma possível”, afirma o diretor.

Os dois peixes-bois ainda são filhotes: Perpétua, resgatada na orla do Perpértuo Socorro, e o Buriti, encontrado, na região do arquipélago do Bailique, distrito de Macapá. Segundo a gerente de fauna e bióloga do Bioparque, Cleice Magalhães Gomes, os filhotes socorridos não sobreviveriam na natureza sem a mãe, pois precisam de leite para se alimentar.

“Os animais não tinham um local mais adequado para serem recebidos. Acolhemos para darmos os tratamentos iniciais aos peixes-bois. A Perpétua já tem nove meses, e o Buriti quatro. Eles receberam um tratamento intenso no início, mas hoje já estão bem”, ressalta a bióloga.

Uma análise clínica nos animais é realizada quinzenalmente para verificar o peso e medidas, para assim se ter um panorama do estado de saúde dos animais. Perpétua, por exemplo, chegou ao Bioparque com aproximadamente 13kg e medindo pouco mais de 93 centímetros. Atualmente a filhote pesa 33kg e mede 122 centímetros. Já o Buriti, que vive na unidade há quatro meses, pesava em torno de 15kg e media 97 centímetros. Hoje, mais saudável, pesa cerca de 19kg e mede 105 centímetros.

O Bioparque também cuida de um Jacaré-açu, de aproximadamente 4 metros, resgatado na orla de Macapá. Em uma primeira avaliação, foi constatada cegueira parcial. O animal recebeu todos os cuidados necessários e brevemente será submetido a uma análise com um especialista em répteis.

Demais cuidados

Além de todo o cuidado com a alimentação e saúde dos animais, o Bioparque ainda busca mantê-los em conexão com a vida na natureza.

“É colocada vegetação ambiente na piscina para que os animais não sofram tanto com o ambiente diferenciado. Os peixes-bois mamam de quatro a cinco vezes por dia, cumprindo uma dieta diferenciada feita por veterinários do Instituto Mamirauá. Basicamente, é uma mistura de leite líquido, leite em pó sem lactose e manteiga. Tem que ser especial, para não causar nenhum desconforto para os animais”, explica a bióloga.

Aline Paiva
Secretaria Municipal de Comunicação Social

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