Perolina Penha Tavares gira a roda da vida pela 94ª vez. Feliz aniversário, vovó!

Perolina Penha Tavares, a minha mais que maravilhosa avó paterna, gira a roda da vida pela 94ª vez. Todos os anos, desde que me tornei jornalista e criei este site, tento escrever algo que demonstre, pelo menos um pouco, do tanto de amor que sinto por essa linda, educada e elegante senhora, a nonagenária mais linda do mundo e um dos grandes amores de minha vida. Não é fácil, mas tento. Vamos lá.

Como em outros anos, começo este texto sem saber o que escrever. Não dá pra formatar em palavras o que sinto pela minha avó e tudo que ela fez por mim. Quem me conhece sabe do amor e laço que tenho com minha família. Desde que pintei aqui, em setembro de 1976, a Peró, que ia completar 50 invernos, me pegou no colo e andamos de mãos dadas pela vida por todo esses 44 anos. Devo tanto a ela, é difícil mensurar. Sempre me gabo que sou seu neto preferido (apesar de a Ana Paula, minha amada prima, emparelhar forte comigo) e temos uma sintonia mágica.

Sou o mais velho entre nove netos e três bisnetos da Peró. Tento ser presente, atencioso e dar um pouquinho do amor que recebi ao longo de minha vida. Nem sempre consigo, pois por conta do trabalho e das minhas loucuras, me tornei um pouco mais ausente da casa da vó na última década.

Porém, isso em nada diminuiu o nosso recíproco laço amoroso. Ela e tia Maria – outro de meus grandes amores e a melhor filha que alguém pode ter neste mundo – sabem que, quando é preciso, estou lá, junto, pra qualquer coisa. É uma baita sorte se você tem muitos amigos dentro da sua família.

Natural do Mazagão, mas paraense na carteira de identidade (época de Grão-Pará), vovó e João Espíndola Tavares (Juca), seu marido e meu saudoso avô, são pioneiros desta cidade no meio do mundo e nosso lugar no universo. Aqui criou seus  cinco filhos. Batalhou junto com o Juca e tiveram uma vida feliz, o que me recordou o ‘Veni, vidi, vici’, como disse Júlio César.

Vovô e Zé Penha (papai) partiram. A Peró manteve a família unida em torno dela. Sim, ela é o esteio, a estrela guia, o nosso núcleo de amor. Quem teve o prazer de ter um pouco de sua companhia sabe que vovó é uma pessoa sensacional, sábia, ponderada, discreta e bem humorada. Há muita força em toda sua delicada forma de existir. Se “O inferno verdadeiro é a vida que deu errado” – Albert Lewis (Cuba Gooding Jr.), no filme “Amor Além da Vida”, o certo é que o avesso disso é minha Peró, pois a vovó deu e dá certo!

Já disse e repito: Perolina Penha Tavares pintou sua sua trajetória primeiramente com as cores que pôde e depois com as tintas que quis. E fez um belo trabalho. Dignidade e elegância são sinônimos para nossa rainha. Eu queria saber escrever música e tocar violão. Certamente teria composto várias canções de amor para ela.

Sempre recebi da Peró o máximo de amor. Horas em forma de uma comida especial, noutras num carinho, conselho, presente, ralho, orações, defesas (falem mal deste cara aqui pra ela e verão a confusão), entre outras tantas lindas manifestações. Sou absurdamente grato e incalculavelmente louco por ela.

Outra coisa que falei/escrevi no texto de 2019, foi: das poucas coisas que faço direito, uma delas é amá-la.  O homem que a Peró ajudou a formar o caráter, agradece por tudo dito/escrito aí em cima e muito mais que não cabe em somente um texto de aniversário. Quando eu fizer 50, ela fará 100 dezembros. E ainda caminharemos juntos pelo tempo, com o amor de sempre e nosso raro elo.

Sim, a Peró completa 94 anos, lúcida e profundamente amada por nós. Que sorte a nossa, seus filhos e netos, que podemos dar e receber todo esse amor, nessa força criada por ela. Toda honra e toda glória para nossa Pérola Negra!

Vovó, mais tarde irei ter dar um beijo. Sou só gratidão a ti e a Deus por ser teu neto, o que é uma honra. Amo-te! Parabéns pelo teu dia e feliz aniversário!

Elton Tavares (mas também em nome de José Penha Tavares e Emerson Tavares).

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