Poema de agora: AROMA DE TEMPO PARADO (Marven Junius Franklin)

Fotografia surreal de Josephine Cadin.

 

AROMA DE TEMPO PARADO

ah, insensato desejo!
esse que emana e parte
oscilando como maré
em rios de incertezas
(que ao fim do dia
deixa no ar o aroma
de tempo parado)
ah, insensato desejo!
esse que arde e esfria
correndo em extrema vibração
pelos cabos de eletricidade
(que ao meio dia
deixa rastro
no asfalto quente)
esse desejo
que experimenta
porres homéricos
em bares de fim de mundo

Marven Junius Franklin

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