Poema de agora: Auge da Paixão (Telma da Cunha)


Auge da Paixão (para Obdias Araújo)

No auge dessa paixão
incontida, desenfreada,
embarquei, naveguei nesse mar
me desnorteei.

Me extasiei nas delícias
que só a paixão explica.
Foi real, vivi
explodi prazerosa,
nessa viagem sem retorno.
Bailei no redemoinho
do tempo.

Me embalei na melodia
de sua flauta,
que soa traiçoeiramente
aos meus ouvidos,
hoje e sempre.

Essa paixão, foi fogo,
brasa que arde, energia
que transcende,
eletriza meu ser.

Nessa sintonia, embarcamos
lobo e borboleta
único sopro, úmido gemer.

Hoje, essa paixão se esvai
perde-se no sonho que não sonhei.
Você foi ficando no caminho,
sem entender o que realmente 
aconteceu.

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *