Poema de agora: CÍCLICO – Ori Fonseca

CÍCLICO

Três vezes, antes de o galo cantar,
Tu me negaste a mão, tu me negaste.
E justo quando achei de despencar,
Tu me viraste as costas, tu viraste.

Como lembrar, se o sono era pesado,
Das vezes que eu velava do teu lado,
Pensando baixo pra não te acordar?
Pensando baixo pra não te acordar,

Das vezes que eu velava do teu lado,
Como lembrar se o sono era pesado?
Tu me viraste as costas, tu viraste.

E justo quando achei de despencar,
Tu me negaste a mão, tu me negaste
Três vezes antes de o galo cantar.

Ori Fonseca

*Um soneto cíclico, repetitivo, interminável. A história que se repete, a dor que insiste e o amor não acaba (?).
Esteticamente, uma brincadeira com o tempo e a preguiça de escrever mais.

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *