Poema de agora: Crepúsculo (para Obdias Araújo) – Telma Cunha


Crepúsculo (para Obdias Araújo) – Telma Cunha

No céu crepuscular,
quase madrugada, 
no enlevo doce do desejo
do teu hálito. 

Nesta agonia gostosa
do Amazonas
que nos separa
te aperto
te cheiro
te vejo
tu és tudo isso:
o mais bonito. 

És mistura. 
Céu lilás
Melodia do rio.
Rio revolto.
Celestial. 
Azul
noturno.

Perdida no som da flauta, 
busco tua alma, 
sussurro
suspiro
sonho.

Telma Cunha

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