Crisantos
Nessa rua
Que flutua
E é o espelho da lua
Vazante são os caminhos
De ida ou de vinda
No brinde bêbado
Do cair da noite
Navega a solidão
Naufragada no narciso
Do vaso estilhaçado
Espalhando a lamparina
Em chamas
No vazio dos amores
Que renascem
Dos abismos exauridos esmerando as três Marias
Que seguem a nave náutica
No rastro do absinto
Profundo e Fecundo
Do amor que arrasta o peito
Escancarado de crisantos
Cristais do sorriso
Que abrem em lágrimas
Imersas de sentimentos.
Ricardo Iraguany