Crono
Nasci na década de 70
Deram-me um nome Maria
Não fui batizada.
Maria passa pra casa
Maria vai para escola
Maria arruma tuas tranças…
Com o tempo me deram números
Identidade, CPF, emprego aos 14
e daí senhas e mais senhas…
Gostava de Sinatra, Bob Dylan e
Lou Rawls a vizinha achava estranho, dizia:
“leva pra benzer que passa…”
Não passou.
Na década de 80 ostentação era livros
Julio Verne, Ziraldo,
Gaardeer e adorava Marx
nas viagens viram amuletos da sorte
Em 2000 tive medo do bug do milênio.
Daí pra cá tenho medo de tudo…
Ah! menos do teu amor.
Maria Ester
2 Comentários para "Poema de agora: Crono – Maria Ester"
Belo de dependurar na alma!
Pois é as linhas descrevem as Marias em geral.Estilo Maria bonita está na hora de fazer um café rsss.
Este medo deixa de existir quando diz eu amo.