DA EXEGESE DO AMOR
Ela não sabe dizer “meu bem”
O amor é algo desfigurado
Sem proporções, sem peso, sem nada
O amor é farsa da ilusão do tempo
O amor é lento
Feito a morte.
Ligeiro feito a morte.
O amor é traça na parede
Que se alimenta do velho que temos em nós.
O amor é um travesseiro sem recheio
Um tapete com nódulos
Um guarda-roupa sem lógica, mas com história.
Eu te amo na imperfeição
No passo mal dado
No sono sem sonhos
Na saudade….
E quero que o amor,
Não este nem outro meu,
Seja a eternidade
De te querer bem
Como jamais se possa querer
Fora do amor.
Fora de ti
Fora de mim, meu bem!
Ori Fonseca
1 Comentário para "Poema de agora: DA EXEGESE DO AMOR – Ori Fonseca"
Exorbitantemente paixão!