Poema de agora: Desalento – Maria Ester

Desalento

Mesmo triste
não sei não sorrir
quem me dera soubesse
Não somos sós
somos muitos em nós

Bisavôs, bisavós, avôs, avós,
pai, mãe e diz um estudo somatória das cinco
pessoas com as quais convivemos,-

Tomara, oxalá não esteja ficando rabugenta (rs)

Somos experiências, vivências e convivências
gotículas de luz e carbonos viajantes do tempo

Somos arquivos talhados no coração
acredito em memória genética.
DNA, luz, conhecimento, ferimentos e
sonhos tudo costurado ao divino particular.

Semente, Terra, Água, Sóis, Céus e Infernos.

Natureza, interações, aprendizados, lembranças
e penso naquela pequena biblioteca

Perdão, meu pai!
Estou triste vi um anjo chorando
de asas avariadas.
Indignada ouvi ontem no jornal de
Brasília outro atentado: Ganância.

E o rio da minha aldeia em banzeiro
Diz que boba estou na contramão.

De São Paulo gritam:
Aguenta firme, irmão!

Notícia que me chega ao coração, alguém que admirávamos
da nossa amada Educação, aos 81 se foi, virou passarinho ou bolha
de sabão.

Aqui do portal do meio do mundo
vejo a sagrada compaixão
se desintegrar a olhos vistos…

Alianças, famílias, reinos, sociedades são quebradas ao alvedrio
e ao triste silêncio. Que desastre!

Emoções precedem sentimentos
Peço que me proteja e proteja nosso clã.

Ah! Mamãe manda lembranças e sempre que toca Roberto, chora.

Com amor!

Maria Ester

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