Dona Louca
Dona Louca – uma portuguesa
que vivia zanzando pelas ruas de Santarém
empunhando um guarda-sol furado
vez ou outra ela adentrava o Cemitério Municipal
e furtava as flores dos túmulos
e dando risos zangadiços
– gritava:
flores para os vivos…os mortos não carecem de flores!
flores para os vivos…os mortos não carecem de flores!
Ah, Dona Louca!
Foi a primeira poeta que conheci.
Marven Junius Franklin.