Poema de agora: Dulcinéias de Mármore – Marven Junius Franklin

Imagem: Fotografia de Jennifer B. Hudson

Dulcinéias de Mármore

O meu monólogo
é o que os perdidos & desesperançados
vociferam ao fim das frias madrugadas – entorpecidos
de rum & indiferença.

O meu semblante é tela surrealista [Quixote aleatório]
procurando – a esmo – moinhos intransponíveis &
vãos a almejar beijos de Dulcinéias de mármore.

Minh’alma – gestante de escuras verdades –
perambula [intermitente] por vales & planaltos
(esperando que o próximo trem de ferro atravesse
minha sala de estar).

Marven Junius Franklin

* Poema integrante do livro RIO OIAPOQUE[IN BLUES].

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *