Dulcinéias de Mármore
O meu monólogo
é o que os perdidos & desesperançados
vociferam ao fim das frias madrugadas – entorpecidos
de rum & indiferença.
O meu semblante é tela surrealista [Quixote aleatório]
procurando – a esmo – moinhos intransponíveis &
vãos a almejar beijos de Dulcinéias de mármore.
Minh’alma – gestante de escuras verdades –
perambula [intermitente] por vales & planaltos
(esperando que o próximo trem de ferro atravesse
minha sala de estar).
Marven Junius Franklin
* Poema integrante do livro RIO OIAPOQUE[IN BLUES].