Poema de agora: Entrega (Obdias Araújo)


Entrega 

Quando teu desejo 
abrir-se em direção ao meu 
teu corpo me terá inteiro 
à luz do dia da noite das velas 
e teus compassos serão meus 
assim como teus anseios estão 
contidos por minha presença.

Quando teu olhar penetrar o oceano 
lá no fundo eu estou 
para reanimar-te.

Pois o vinho que entorpece a alma 
é o mesmo que aquece o corpo 
e a luz que acende minhas dúvidas 
também ilumina 
o túnel de teus olhos.
As nossas bocas 
olhos adeuses lenços beijos 
berram nossos sofrimentos.

E assim me fortefaço 
e continuo (e) vivo.

Pois o pensar em ti é minha alma 
– mesmo nas distâncias 
ao teu lado. 

Obdias Araújo

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