EU TÔ CHEGANDO, BELÉM
pra me receber,
quero Waldemar encenando boas-vindas;
quero Ruy Barata com asas de miriti;
quero a chuva da tarde pra me lavar a alma;
quero o tacacá pra me aquecer o coração;
quero tua manga mais doce,
meu verso mais forte;
quero tua Praça mais bela,
minha mangueira mais velha;
quero tua noite mais louca,
minha avenida mais longa;
quero teu Largo do Carmo,
minha rua mais estreita;
quero tua Igreja Matriz,
meu Theatro da Paz,
quero meu Bar mais antigo,
meu garçom mais amigo.
quero a minha cidade
que tanto bem faz.
Pat Andrade
1 Comentário para "Poema de agora: EU TÔ CHEGANDO, BELÉM – Pat Andrade"
Dançando no molhado.
Aplausos…todos de pé!