FOTOGRAMA
Mil novecentos e setenta e sete.
A surrada Yashica-Mat 6×6
escreveu a imagem
no mural do tempo.
Aos vinte anos de vital idade
não me eram visíveis
os motivos da preocupação
e eu parava o tempo em seu
pequeno espaço entre a farra
e a cimitarra da ressaca.
Hoje lembro de tudo e de todos.
A pesar ou com saudade.
O velho trombone
polonês continua
escrito na parede.
Mas o mel
de Jataí
é outro!
Obdias Araújo