HARPIA
Surge o sol raiando. Madrugada que se acaba,
e seus raios, como uma samaúma que dá sombra,
Enchem de luz manhãs de aves canoras,
Saem dos ninhos. Majestade de penas
Que agasalha e adorna a coroa
da natureza à sua rainha das selvas.
Harpia, Harpia, rasga com tuas garras
A morte que te espreita com o homem
E busca liberdade e permanência!
Harpia, Harpia, senhora da floresta
E leviatã dos ares, busca de Baudelaire.
seu Albatrós, – senhor dos mares
Faz parceria e sustenta com astúcia e ardor,
A força que embala na selva e na praia
A grandeza de uma vida na orgia do amor.
Espero que esse meu singelo canto não fique mudo diante da indignação que sustenta com voz aguda a liberdade e a imensidão do ar.
Carlos Nilson Costa
1 Comentário para "Poema de agora: HARPIA – Carlos Nilson Costa"
Ave!
Poema…
Voe…o Poeta.