O bêbado
Agente de minha própria sorte,
Caminho.
Trôpego e lúcido
Negocio copos de vinho
Com pedaços de alegria
E a minha fantasia
é ser rei!
Neste baile de carnaval
Somente eu ando nu de minhas verdades
Essa gente lúcida que vende o tempo
Nada sabe dos negócios do vinho com a felicidade…
Às vezes vejo em dobro
O que é reduzido a esmo:
Os sorrisos, o abraço
E até o olhar de reprovação
Que essa gente me lança
Sem reconhecer sua própria maldição…
E me apiedo delas
No tempo que me resta para compreender!
Mas a dor e o vazio é tamanho em cada um…
Que me visto em rei-fantasia
Peço mais vinho à infantaria
E sorrio,
De já não fazer parte
do pacto com a hipocrisia!
Jaci Rocha