Poema de agora: ODE UMBILICAL – Ori Fonseca

Ilustração: Maternidade, óleo sobre tela, de Lasar Segall (1931).

ODE UMBILICAL

Maria, minha amada,
Morada minha, berço meu pulsante,
Meu ponto de chegada,
E de partida amante,
Minha primeira rede balançante.

Eu lembro-te menina
Sorrindo para que eu também sorrisse
Mirrando a pele fina
Do seio que me unisse
À vida de prazer, dor e sandice.

Que foi que aconteceu,
Que tudo não passou de um breve dia?
Caí do colo teu
A gritar de agonia:
Não te afastes de mim jamais, Maria.

Ori Fonseca

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *