Poema de agora: Parece não chorar, mas chove – Luiz Jorge Ferreira

Parece não chorar, mas chove

Baby deixa eu vasculhar teu passado
Prometo que não vou rasgar os retratos
Nem cuspir nos beijos que levastes
Não vou retirar do teu corpo tantos abraços que criaram trilhas intranquilas…

Baby deixa esconder os teus Domingos
Desenhar teus sonhos no grafite
Te dizer o que fizemos em 66
Te fazer ouvir Caetano
Raul e Simon e Garfunkel
Deixa eu criar enredos e te ler títulos de filmes que parecem pequenas historias de amor
Deixa eu voltar o Calendário
E te colocar não em Junho, mas em Setembro
Para te embriagares com a Primavera
Sobe na garupa desta bicicleta, anda nesta rua deserta
Que o tempo nos olha da janela, com uma incrível inveja de vir e nos ajudar a nos conhecermos
Não diga não, pois chove uma chuva vinda dos espelhos
Que eu espalhei no encontro das esquinas.

Baby… sorria… há um gosto de sal no ar… e não nos embriaga…
Temos um mar guardado em nossos olhos
E um vazio a bombordo, grávido de notas musicais.
E uma canção incrível que fala de ontens.
Incrivelmente aquela que a própria vida… com as nossas vidas… nunca dançou.

Luiz Jorge Ferreira

  • Baby deixa eu viajar contigo e brincar de amor e no Jogo de Sedução te possuir e mergulhar nas águas virgens de Macapá e, só assim , descobrirei os mistérios que LUIZ Jorge deixou guardado nas canções que brotam dos teus lábios.Nao chores. Lá fora chove poesias.

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